land rover? tô nem aí, tô nem aí. voudejeg, o blog para quem gosta de carros além das quatro rodas.
Friday, January 03, 2014
a ideia "se atolou-se"
o conceito de comunicação era forte(mas não o bastante). e a ideia, que era boa(mas não o suficiente) empacaram nos canais de distribuição e nas ações de marketing e comunicação que não foram boas o suficiente, em quantidade e qualidade, para tornar o jeg um objeto de desejo de um público até hoje ávido por pequenos atrevidos(desde o candango, niva, samurai e o hiperbólico(em preço)jimny).
é fato que o jeg nunca chegou a ter uma personalidade de marca e de produto consolidadas. tanto que, construído em chapa bi-cromatizada, a toda hora era confundido como "jipe de fibra", quando não chamado de gurgel. e, o que é muito pior, visto como veiculo feito em casa o que fragilizava ainda mais sua entrada no mercado. isto comprometeu sobre maneira a percepção de um veículo que apresentava para os padrões da época requisitos mais do que suficientes para fazê-lo não patinar. é de se observar que mesmo as revistas do segmento - é óbvio que o percentual de veiculação sempre influi nisto(pouca verba, pouca sombra) o trataram de maneira dúbia, como a quatro rodas que hora o elogiava em dois testes realizados(publicados no voudejeg), um deles frente a frente com o gurgel e o willys - ora endossavam seu epitáfio(matéria os brasileirinhos) chegando a ponto de atribuir a sua baixa velocidade máxima - 95 km (pouca para um jipe "puro e duro "? - e sua demora nas retomadas, como fatores que causaram o encerramento da sua produção.
nem mesmo o apelo da mecânica vw 1600, a suspensão(encurtada em 40 cm e calibrada para o jeg), chassi e caixa de marchas da kombi, ícones de eficiência e durabilidade, facilidade e baixo custo de manutenção, foram suficientes para engrossar a lista de pedidos.
isto posto há um limbo onde desaparecem as informações sobre uma possível greve dos cegonheiros que ocasionou o estrangulamento da distribuição;assim como o forfait das encomendas que eram tidas como favas contadas pelo exército(há quem diga que a versão civil surgiu depois do episódios),bem como endereço de revendas.
a verdadeira história do jeg ainda precisa ser contada para além dos floreios de um blog. e há quem possa fazer isto mas não o faz. e assim o jeg foi ficando atolado na falta de pratica de uma ideia que se tornou mais um caso de veiculo nacional que foi apagado da história por forças que se podem dizer diversas mas nem sequer ocultas.
hoje, perambulam por ai, ainda despertando atenção pelo seu design, que ora desperta risos ora admiração ensimesmada, como se deixasse entrever que por trás daquele forte há uma fragilidade que espera uma força que o conduza ao reconhecimento que nunca obteve e que cada vez mais enfraquece se o jeg se perder na sua história, repetimos, ainda mal contada.
tal como o congênere que lhe matizou o nome, sim o jeg é forte. mas essa fortaleza só se tornaria maior se tivesse ido alem do que está escrito no papel que certamente ele não pode desempenhar por este brasil a fora.
Marcadores:
imagem de marca/produto,
jeg,
marketing
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment