Saturday, May 03, 2014

se é barbada ponha as barbas de molho

não seria muito mais simples consertar/trocar o fecho do capô - que é das kombis antigas - do que colocar este "aparelho nos dentes" do tipo mordida de aproveitamento ?
no voudejeg é praxe. não colocamos jegs à venda por aqui - nem o meu, quanto mais o dos outros - tampouco indicamos links de jegs à venda. apenas nos referimos que determinados veículos estão sendo anunciados e o leitor que se vire para achar. é um serviço a menos, mas nos deixa livres de certas interpretações que já bastam as que pesam sobre o meu "toitiço".

mas hoje vou abrir uma exceção por uma lógica nada cartesiana. ou seja, com curvas, acentuadas ou não. este jeg está à venda por 4.200 reais, o que é de certa maneira uma barbada, considerando-se o complemento da "carretinha" segundo o anunciante(se isso é carretinha, nem quero pensar na carretona).

jeg ao preço de fusca(com todo respeito ao fusca, já que boa parte vale muito mais do que oferecem) parece ser o paradigma de todos que ao verem um jeg se sentem tentados a possuir um. já me chateei muito com isso. hoje nem tanto. afinal, se o senso comum diz que o jegue é um animal " tapado", não sei como chamar o tapado que vem oferecer menos de dez mil reais por jegs em bom estado. talvez porque as mães deles valham menos, só se for.

mas, imprecações à parte, o jeg de manaus é "vendido" como em bom estado com um alerta quanto a necessidade de manutenção da caixa de direção que, como já foi girado por aqui, não é tão simples como possa parecer: os jegs usam aparentemente - as aparência enganam - a mesma caixa de direção da kombi, com sua crônica folga de origem. só que elas tem o funcionamento invertido. não se sabe por conta da engenhoca perpetrada para girar o "invento" ou se é mesmo verdade que os jegs usaram caixas de direção que equiparam kombis que foram para o iraque. quem já passou pelo problema, sabe que a coisa complica, já que dificilmente mecânicos(trocadores de peças é a denominação mais adequada) tem tempo ou se dedicam a investigar como fazer a roda girar para o lado certo - se você troca a caixa de direção por uma "normal" ao girar o volante para a direita, as rodas irão para a esquerda e vice-versa. quer dizer, dirigir um jeg assim seria tarefa para os caras de volta ao mundo em oitenta dias.

há quem tenha feito adaptações com caixas de palio. e, indo a fundo no problema, estudando-se a "mecânica" do funcionamento, certamente uma solução será encontrada. o problema é que ninguém quer fazer isso ou tem tempo. conheço alguns que tiveram a sorte premiada de encontrar jegs em desmanche com a caixa de direção ainda viva. no mais, não me parece que ir ao iraque em busca de desmanches seja uma solução viável ou saudável. ironicamente, no tempo do sadan, até talvez, dada a simpatia pelos carros da vw brasileira que foram para lá, passat principalmente. agora é cinza. e durma com um barulho destes.

deste modo, se você está disposto a "queimar a mufa", tem na foto um jeg razoável - mas não se engane que mesmo um "ajeitado" por cima(e por baixo) deste jeg, provavelmente o levará ao patamar dos 10 mil reais, a não ser que você queira fazer deste jeg tão somente "burro de carga" o que, convenhamos, é uma tremenda de uma sacanagem.

o jeg é um 80, "emplacado, motor e caixa de marcha bons, pneus novos"(não esqueça da "manutenção" da caixa de direção) devidamente anunciado agorinha mesmo no dia do trabalho( é dura a vida de um jeg) naquele site que chama a mulher dos outros de ordinária(imaginem a dele).

é só fazer um esforçosinho e você chega lá, em tarumã, manaus onde este jeg por certo já foi um "boto cor de rosa" e que se esforçará ao máximo para ser seu e valer bem mais do quanto você pagar por ele.

é por isto que os jegs valem muito mais do que os cavalos que tem sob o seu motor. sempre.






sólido como uma viga

é a impressão que nos passa o para-choques do jeg sempre que nos encontramos com um - ainda estou pesquisando mas tudo indica que temos dois tipos de para-choque. um do tipo da foto e um mais fino mas não menos mole, dado que já encontrei uma dose razoável de ambos.

este para-choque faz com que muita gente pense duas vezes antes de atravessar o caminho do jeg pois a possibilidade do "coice" pela dianteira é grande. onde falta tudo, vê-se os "u" nas laterais da base do para-brisas intacto. agora o apoio de cabeça faz bem para o pescoço mas é um torcicolo para a estética

uma substituição quase original

um painel que não está dos piores. no lugar da direção original que, presume-se até confirmação, a favor ou em contrário, era a mesma utilizada nos tratores valmet, temos o volante da kombi, "que é da família", digamos assim, abrindo mão do rigor que nos é peculiar. os pedais alinhados, o que é bem raro são uma surpresa. agora cavalinho da ferrari num jeg é a demonstração inequívoca de um complexo cavalar.

das duas uma ou nenhuma

se por um lado " a manutenção" exigida na caixa de direção, previamente alertada pelo proprietário, pode "estercar" seu orçamento, por outro considere que uma carreta destas não custa, em média, menos de dois mil reais. se vai levar "este peso nas costas ou não" depende do uso que pretende para o seu jeg, mais ou menos utilitário do que nunca. além do mais, como não são xipófagos, nada impede que a venda( se nunca foi emplacada prepare-se para o "coice") e com o dinheiro custeie parte do restauro, se assim o quiser. porque sim: por mínimo que seja o "ajeitado" deste jeg, vai consumir uma certa dose onerosa de ração, quer dizer,verba.

do tamanho e da grossura daquilo que você está pensando mesmo

os jegues, como todos sabem, são animais "avantajados", pelo menos em certas partes do corpo, que acabam por tornar-se motivo das tiradas mais indecorosas que se possa pensar. o porta step teria se inspirado nisto?