Tuesday, October 31, 2006

e o jeg, em vez de xaxado, deu samba

no www.thesamba.com (uma indicação também do marcelo marchioldi) um exemplar de jeg que nos deixa ainda com mais vontade de picar a mula e se mandar para a estrada, ou para a falta dela. mas como nem tudo é perfeito, anotamos um pecadinho na traseira. venial, pela conservação do jeg. e por isso mesmo, anotado com rigor.

traseira de jeg não é vaga-lume não ô da trilha


lanternas traseiras, infelizmente, miseravelmente, adulteradas.
o jeg é do freguês, e ele tem todo direito de as dispor como quiser. mas cá pra nós, as lanternas originais, sinaleiras de caminhão, redondas, encaixadas quase em baixo relevo, além de serem mais bonitas, são bem mais baratas. olhos de gato também, poderiam ser os militares, bem mais adequados as características estruturais de design do jeg.
enfim, para o observador, é o fim da picada. para o dono, o início, talvez.

Sunday, October 22, 2006

de 1959 a 2006 na lata. como pessegos, servida apenas em metades ?

primeiro carro brasileiro a ser produzido em série, a kombi sempre teve o pé na lama. nada mais justo então de que fosse pensada para ela um sistema 4x4, que além de aumentar as possibilidades do seu uso, aumentaria a sua segurança. a tarefa coube a QT engenharia, do nosso já famoso e ainda não encontrado coronel catharino. contudo apenas mais um projeto que entrou para a galeria das curiosidades e ou "excentricidades"?(clique sobre as imagens para ler a reportagem)

se as meias é quase imbatível, imagine por inteiro

a rigor, as enormes possibilidades da kombi, aplicadas aos mais diversos usos e costumes, com um sem número de modelos, adaptações e projetos de carroceira, poderiam ser expandidos a sua plenitude se incrementada pelo sistema 4x4 que, conforme demonstrado aqui, não é nenhum bicho de sete cabeças. mais a kombi ganhou apenas um motor d`água, já dizem os usuários, após anos e anos a encher " as burras " da volkswagen que até no visual congelou as alterações até não poder mais. para uma fábrica que se auto-denomina " carro do povo", deve-se concluir que dele, nem o cheiro suportam mais.

é pra saber, não é pra entender?

qualquer carro europeu, independente do tamanho, como por exemplo o pequeno grande fiat-panda, que não se sabe porque raios nunca foi lançado aqui, dispôe de tração nas quatro rodas. isto tendo eles as estradas que tem. puro diletantismo?
ou nosso mal é acreditar que deixamos mesmo de ser um país das carroças? porque as estradas, pelo menos, continuam pra carroças. e assim sendo, coitado dos nossos cavalos. sendo que nós é que levamos, junto com eles, nos cascos.

sabemos mas não podemos ?

vivendo num país cujas condições de extensão, necessidade de transporte e deslocação, dão-se sob condições as mais inpensáveis no dia-a-dia, é de se estranhar que uma kombi com estas características nunca tenha sido viabilizada para o mercado. aliás, mais uma grande idéia que, se não foi exterminada de todo, foi-se na contra-mão de interesses outros? e cada vez mais solidifica-se o conceito disforme que quatro por quatro é para fazer trilha ou encher estacionamento de shopping. esquecendo que o sistema aumenta a segurança em qualquer terreno, o que não me deixa mentir a subaru, imperatriz do 4x4, aplicado a todos os seus veículos

vítima de mais uma ironia da estrada?

talvez por suas qualidades, por isso mesmo - e não pelos defeitos - a kombi encerre seus dias de glória conhecida como veículo de "kombeiros".
por todos os serviços prestados, taí um título que ela decididamente não merecia.
até porque é um dos bons exemplo de veículo de caso pensado por e para a disciplina. nunca de improvisação e/ou utilização fora de normas. o que só prova que a política de transportes coletivos no brasil, para não falar da de comercialização, é mesmo a mais completa esculhambação. para martírio de uma população que nem decentemente de uma kombi pode usufruir. é mole ou quer mais?

(material scaneado pelo marcelo marchioldi em mais uma gentil contribuição para o voudejeg)

Wednesday, October 11, 2006

cccc ou comando de caça ao coronel catharino

são dezenas. quiçá centenas. jegs e seus proprietários que encheram-se de esperança ao lerem ou saberem através da reportagem publicada na revista fusca&cia de março de 2006(reproduzida aqui, há dois posts atrás) que o projetista do jeg, conhecido como coronel catharino, dispunha e manifestava-se disposto a negociar um lote de peças que mantinha, ou mantém, em galpão particular.

estranhando a falta de um endereço na reportagem, entramos em contato com a editora da publicação que nos informou que o coronel catharino negava-se a fornecer telefone ou quaisquer outra forma de contato e que havia revogado, para a nossa decepção, a sua declaração.

ainda assim isso não foi suficiente para nos demover da intenção de contactar o projetista. que pode dar uma contribuição importantíssima a uma comunidade fiel ao jeg. e, por que não? sua admiradora. e que gostaria de conservar ou restaurar o jeg em suas formas e conteúdos originais, daí a intenção da procura, que reveste-se de caráter de uma missão de sobrevivência. como militar ele deve saber bem do que estamos falando. ainda que muito provavelmente não vá achar graça nenhuma na chiste* expressa no titulo.

mas bem que poderia afrouxar a guarda, vestir uniforme de jegueiro e assumir o comando do batalhão com voz de líder às restaurações.
desde já o nosso grito de guerra é: pelo jeg tudo. é restaurar ou morrer. mas com honra. sem ceder posições às adaptações vexamosas e humilhantes como as que temos visto por ai.

* ccc, no tempo da ditadura era sigla para comando de caça aos comunistas. mas esta é outra história que não cabe neste blog.

da janela lateral do quarto de dormir

muita gente olha seu jeg parado, e sonha, e trabalha para que ele seja uma visão também lateral. mas na estrada. passando e sendo passado, mas presente, por outros carros.

outra fonte que pode ser importante para quem, mais do que memória, quer conservar seus jegs, é o filho do fundador da dacunha que ainda tem, segundo informações de um jornalista da bee-press, que produziu a matéria referida acima, um ou dois veículos jeg originais. e dezenas de manuais que tanto fazem falta as prováveis centenas de proprietários a quem lhes falta um guia mínimo, para que não saiam fazendo adulterações e plásticas infelizes como diversas já sido vistas por aí.

sentado à beira do caminho

"eu não posso mais ficar aqui a esperar,que um dia de repente você volte para mim,vejo caminhões e carros apressados a passar por mim, estou sentado à beira de um caminho que não tem mais fim; meu olhar se perde na poeira desta estrada triste,onde a tristeza e a saudade de você ainda existe, esse sol que queima no meu rosto um resto de esperança,de ao menos ver de perto seu olhar que eu trago na lembrança; preciso acabar logo com isso, preciso lembrar que eu existo, que eu existo, que eu existo ....
vem a chuva molha o meu rosto e então eu choro tanto, minhas lágrimas e os pingos dessa chuva se confundem com meu pranto, olho pra mim mesmo, me procuro e não encontro nada, sou um pobre resto de esperança na beira de uma estrada, carros, caminhões, poeira, estrada, tudo tudo se confunde em minha mente, minha sombra me acompanha e vê que eu estou morrendo lentamente, só você não vê que eu não posso mais ficar aqui sozinho, esperando a vida inteira por você sentado à beira de um caminho(roberto e erasmo carlos tomados de empréstimo para dar uma força ao jeg).

jeg do cristovan flores que presumivelmente está em recuperação. mais imagens no curraldosjegs, grupo msn criado pelo próprio cristovão.

Wednesday, October 04, 2006

um é pouco

o jeg, afirmam, foi testado - e aprovado - na alemanha. no entanto por cá, uma clásula de barreira, alijou o jipe da dacunha de uma presumível licitação sob a alegação de que as forças armadas brasileiras não aceitavam veículos com motorização traseira e refrigeração a ar. há quem negue. há quem jure, em off, ser verdade.
verdades ou mentiras, eis um atoleiro que o jeg não conseguiu transpor.

dois é bom

mas três é demais.
até na alemanha. de onde nos chegam estes jegs de um só feliz proprietário, gerd wahl, que ao colocar um anúncio numa revista de automóveis antigos a procura de outros "jegueiros"(com será isso em alemão? deve ser um palavrão) encontrou seis jegs na alemanha, além de notícias e admiradores também do gurgel. estes seis jegues na alemanha, somam-se ao "jeg californiano" e ao "suíço", que já postamos e vamos postar por aqui.
(fotos e informações gentilmente fornecidas pelo emílio emifram)