Monday, March 17, 2014

um jeg chamado broshuis

atenção que quem usa faróis quadrados é o tanger. jeg jamais! são redondinhos como os mais redondinhos dos seus gostos. 







um apelido carinhoso? a private joke?(com caminhões truck?) quem raios vai saber qual a verdadeira intenção do seu denominador? mas o que dá para saber, é que o cuidado paradoxal com o step, encapado, como prepúcio de noivo, às antigas, não acompanha o resto, que de resto está maltratado, como de resto são maltratados todos os jegs e jegues que se encontra neste país.

de cara o logotipo da volkswagen cometendo o escárnio com os dacunha. a motorização pode ser volkswagen, mas o logotipo de um  jeg é quem define sua alma que no caso não está no motor, muito embora represente este um sinal de nascença. 

se a intenção era "aprimorá-lo" em parentesco com os volks " zé do caixão", os faróis quadrados não iluminam a imaginação coletiva a este ponto. os seleadbeans são uma parte considerável do dna dos jipes - seja de qual marca forem. e como desgraça pouca é bobagem, lá se foram os piscas, substituídos pela versão " pisca de brasília?", sinalizando que o "noivo" teria taras para amante de alguma brasília?.

registre-se que se o motorista tiver menos do que 1.70/75, o step no capô vai lhe complicar a visão para não falar da lordose que certamente ira causar a peça(há quem faça reforço, e o use deslocado para a frente do zequinha, como já postamos aqui) justamente para liberar a visão.

no mais, tome faróis no para-lamas - a bateria deste jeg não deve ter vida fácil - e à vista os indefectíveis apoios de cabeça cuja missão, pelo menos em tese, é evitar pescoções, salvando cabeças e corpos, mas que não salvam a alma deste jeg que vai direto ao purgatório. 

tipo raimundo: feio de cara e bom de bundo?


comparado a dianteira, a traseira, tem lá seus encantos: apesar da falta do galão, do logotipo, do escape bugueiro, e das lanternas("universais") da kombi que lhe retiram a mística dos faroletes redondos e da luz de ré, quadrada, acoplada ao traseiro. mas vemos lá, a aleta de ventilação/respiração do motor intacta, o que nos faz, quase, até esquecer que os estribos- apertaram os cintos do piloto? - sumiram.

não olhe: mas tem umas pingas de óleo no chão



pela tampa de tuchos, respiro ou "central do óleo"? façam seu jogo senhores. mas atentem que tem criminoso cada vez mais fabricando juntas que não juntam - cuidado quando for comprar as suas -. um olhar mas atento verificará que o desenho dos sulcos na rodagem dos pneus não bate. e que o espelho retrovisor foi ascendido, como já publicamos em posts anteriores, provavelmente para melhorar o ângulo e quadro de visão que costuma ser capado pelo falso " quebra-vento ".

até o osso



no fundo, no fundo, a imagem de um trabalhador braçal brasileiro na dureza - até a bandeira do "me fodem mas não desisto nunca está lá-  sem moleza de nenhum tipo, aos remendos, e com falta de assistência no essencial, sem esquecer do supérfluo - trabalhador não merece? que muitas vezes se torna o essencial. mas este trabalhador não está com filariose. provavelmente está usando pneus 15,uma das dádivas do jeg, que tanto usa sapatos apertados - já vi jeg com pneus 13 - ou de salto alto,como 16(pneus militares), sem maiores intervenções na suspensão. 

Sunday, March 09, 2014

o primeiro jeg de "produção normal" acabaria sendo um anormal para os brasileiros. eis a marca do pais bunda

para tornar a leitura mais legível, clique na imagem com o lado direito do seu mouse e selecione abrir em uma nova guia. aberta esta guia, clique novamente na imagem e o texto poderá ser ampliado(a instrução pode parecer óbvia mas eis aqui outra marca do pais bunda).

oscar wilde dizia que só um tolo não se deixa levar pela primeira impressão. o brasil foi um "atolado" com o jeg

para alguns um design que já trazia a marca da obsolescência programada(neste caso desprogramada). mas a verdade é que o jeg frontalmente tem um dos designs para jipes mais limpos e belos já construídos trazendo a contradição de lembrar outros tantos sendo ele próprio único

além de esmiuçar o jeg a reportagem esbanjava simpatia na edição 204/1977 da 4 rodas

claudio carsughi pilotou o texto. heitor rui, com suas fotos, foi o co-piloto. 
a dupla parece ter se apaixonado pelo jeg. 

e predizia um sucesso que não deveria surpreender. a 4 rodas teria o pé frio ?

ficha técnica esclarece várias dúvidas e o verbete versão militar também é destaque. mas o destaque maior são a combinação de valentia e conforto, quem diria ?

Saturday, March 01, 2014

identidades trocadas ou sim: já fui um jeg. hoje não sei - nem meu dono - o que sou. nos documentos sou gurgel

na página facebook da "joe motors", consta que parece um jeg mas não é. é uma carroceria de fibra da macplan. to be or not to be, that´s the question ?

já contei aqui que inúmeras vezes fui interpelado na rua por transeuntes ou motoristas que olhando o jeg disparam: é um gurgel? (quando não outras coisas).

você pode até achar que se trata de "gênero literário" para fazer graça na escrita. e o que dirá agora quando encontro este exemplar que vos mostro anunciado como gurgel X12 TR ? 

sim, isto mesmo, não há engano. aliás, quando contactei o proprietário indagando sobre, a resposta foi pior que o soneto: é um gurgel mas é um jeg também. o que convenhamos, é para relembrar o chacrinha: eu vim para confundir e não para explicar. e pra piorar o proprietário afirma: na documentação dele consta gurgel X12 tocantins TR.

valei-me a rebimboca da pafaruseta. já tivemos aqui o caso do jeg caribe. mas perto desse fato agora, o caribe é fichinha.

dias depois o proprietário contactou-me novamente dizendo que o havia deixado confuso. solicito, como sempre - pode não parecer, mas fora do blog sou um gentleman, na maioria das vezes - enviei-lhe documentação iconográfica(imagens)e explicativa das nuances e diferenças dos projetos e do referido gurgel, nas versões TL e TR(teto rígido) como as mostradas aqui abaixo mas o sujeito sumiu, sem sequer dar bye-bye(é nisso que dá ser gentil às vezes)






e a versão TL(teto de lona, aqui escamoteada)


TL na versão militar com capota colocada


de sorte que não há como confundir um jeg com um gurgel nem fodendo. a não ser claro que a "proteína" usada para bombar o jeg que se nos apresenta tenha destrambelhado não só o design original do jeg como o funcionamento do pouco cérebro do funcionário(s) do detran ou similar que assentiu a documentação com este engano ainda mais bombado. o que nos mete ainda mais medo do que perpetram as autoridades neste pais com suas atitudes legalistas.

apesar da transformação porque passou este "jeg", esta lá inconfundível sua tampa de capô, com o fecho que lhe é peculiar. os para-lamas e entre eixos também "não deixam dúvidas", assim como o para-choque, apesar de um sem número de "butantãs" colocados incluindo o quadro do para brisa desfigurado.

ao fim e ao cabo, o jeg bombalizado, acaba com o visual original - e termina- com uma certa condescendência - com o visual "naif", que me faz recordar os jipes de feira no nordeste que antes eram fabricados em "lata" (ou com o aproveitamento delas) e hoje em madeira ou massa.

mas certamente o efeito naif não foi o buscado por quem cometeu uma "infantilidade destas"( o projeto é de homem adulto que levou a sério a bomba). e assim, digo-lhes que: por certo que há que se conservar, se possível, a criança dentro do homem. o que é assaz saudável, porém mantidas as devidas proporções. decididamente não foi o caso aqui.
bombou. fodeu. afinal, é o que sempre acontece quando os músculos tentam substituir cérebros e vice-versa talvez.



haja bateria - e paciência

alguém já disse que deus - e eu digo, o diabo - estão nos detalhes. é muita luz pro lado de fora e pouca para o lado de dentro: limpadores que se querem superiores mas inferiores pelo desalinho; bancos que não condizem com o dna do veículo(na verdade o estrago foi tanto que qualquer banco vai muito bem mal, mesmo levando-se em conta o binômio "segurança-conforto") e, entre tantas, um quadro de para brisa que a duvidar da inventiva ainda acaba sendo usado como pranchão. sim as caixas de som, garantem que o tapa no visual acabou se tornando tabefe nas orelhas. os espelhos da fiorino acompanham a musculação pretendida.

apertem os cintos: o fotógrafo caiu ?

well ou seria uau? se publico uma foto assim anunciando a venda do jeg, significa mesmo o quê? os pedais desalinhados no meio de tanto gadget já me dizem que "alguma coisa está fora de ordem". é muita informação e treco visual de fechos e fechos, internos e externos, entre eles as tampas de interruptores disruptores. aumenta o som do caetano veloso ai gente.

altura, sem beleza, só no basquete ou no voley, e olhe lá

não foi à toa que proibiram as bombas e os suplementos alimentares. o bombado bombástico pode até impressionar de primeira. mas basta atentar para os detalhes(falsa aleta dianteira, assimetria das dobradiças, batente da fechadura) que a coisa brocha. sob o estribo a marca tecplan?

minha terra tem palmeiras... o jeg que aqui gorgeia não gorgeia como lá

não se pode negar que houve esmero no artesanato do habitáculo da pá. mas é a tal coisa: tornou-se a pá de cal esmerada no desequilíbrio da desfiguração 

demência na identidade: um dos efeitos colaterais do "new design" bombado

"like a toy" ? customizações que induzem a perda da identidade valerão a pena? ou apenas dão pena? o tempo o dirá.