Saturday, March 31, 2018

nem tão antigo assim, muito menos clássico. exdrúxulo estaria de bom tamanho. mas a foto não permite visualizar detalhes que poderiam elevar ou rebaixar a categoria





poupem-me dos comentários, diria o jeg que aqui se vê. e assim, poupo-me eu, que você não vê (mais uma colaboração de opasgarage.blogspot.com que acredita ser a revista uma edição lá por 2006).

Sunday, March 25, 2018

em casa de ferreiro, espeto de ferro, que seria espeto, no caso do jeg, ser de pau



visão em ângulo de torcicolo da engenhoca da caixa de direção. se tiver de trocá-la algum dia(trate de mantê-la lubrificada, o que quase ninguém faz, para depois não chorar em ais) você vai ter de ser carne de pescoço para desvendar o "enigma" árabe. explico: é que a caixa de direção utilizada no jeg é de uma série que equipava veículos que foram para o iraque, reza a lenda. se colocar as trw, de kombi brasucas, quando girar o volante para a esquerda, as rodas irão para a direita e vice-versa(acredite eu já passei por isto e me senti na oficina de ali baba e os 40 ladrões). há quem diga que basta inverter o sem fio das "brasucas". mas é lenda. as "lendas das arábias" sempre tem um fundo de verdade.




certas coisas na vida, são tão simples que não damos por elas. a tal molinha que o cavaleiro(quem monta um jeg é um cavaleiro. mas nem todo cavaleiro é cavalheiro) avista é o supra-sumo do detalhe. é tal e qual como se fosse uma lagarta rara na visão de um entomologista. e, acredite, sem ela, não rola. o quê? cuidado com as taturanas.



reservatório e a bomba de óleo simples - que é a original do jeg - à vista. se você ficar sem freio - e eu já fiquei descendo a ladeira da misericórdia em olinda-pe - vai praguejar todos os santos por não ter colocado uma dupla, que foi o que fiz após escapar de tal descida, menos por misericórdia e mais por cagaço da sorte. com a dupla, vou chover no molhado, se falha uma secção, você ainda tem a outra pra zelar pelo seu susto. mas a bomba simples era a original. 



como já bem posto, o jeg utiliza o sistema selectracion do gurgel, o que poderia ser resumido como um locker manual, com a diferenciação no formato das alavancas que postam-se paralelas a do freio de mão. ninguém sabe dizer se o dacunha fez a gurgel de gaiato, lançando mão do sistema sem autorização ou houve algum acordo. não teria gurgel patenteado? (neste pais, patenteando você é feito de pateta, imagine se não).



esta alavanca diminuta, enxerida à toda prova, é a alavanca do afogador, sistema do tempo das máquinas de escrever. mas, pode crer, funciona melhor que certos reservatoriosinhos do tempo do computador.



pano rápido com o funcionamento manual do guincho como demonstração. a alavanca que o move vem a caminho, e tem também serventia de defesa em casos de perigo. mas como diz a "puliça" nunca reaja. morra em paz.



Wednesday, March 21, 2018

força na peruca!*

capota. eis um item que faz a cabeça de muito proprietário de jeg, coçar e arder, pra não falar dos buracos que causam à restauração dos jegs, com a consequente perda de cabelos no dono, e perda(nunca "perca", homessa!) da boa apresentação estética do jeg. contudo, paradoxalmente, a coisa é bem mais simples do que aparenta a complicação de ser. é tal e qual quando você procura um mecânico e acha um trocador de peças. o resultado é desastroso para seu bolso - e para sua viatura. o mesmo se dá quando você procura um capoteiro e é ele justamente a única coisa que falta na tal capotaria na qual você vai perder o couro: da cabeça; do bolso, e do seu jeg. socorro! chame logo a associação de proteção dos animais.



em destaque, para além do cimo, onde o encaixe perfeito da capota quase passa desapercebido - e é tão simples fazer, porque não o fazem os "capoteiros" que só teimam em complicar? - o logotipo jeg estampado no vidro, é quase uma medalha de honra ao mérito: cacete! isto é glorioso, mas aquela haste do limpador fora de esquadro, é como um cílio dentro do olho. uma lágrima corretiva é o que falta para a deixar alinhada.



as capotas do jeg, são encontradas em dois modelos: em ângulo reto, como o próprio nome diz, retas; e esta, com inclinação(se alguém quiser calcular os graus do ângulo, proceda). não sei precisar quem veio primeiro: se a inclinada ou a reta, o porquê? tampouco o ano. fica na conta das incontáveis informações desencontradas sobre o jeg. mas sei que as originais vinham com os célebres botões "turn-off, turn-on", que permitiam fechar e abrir com mais facilidade a amarração inferior da capota. há quem diga que a fábrica que fazia tal item, fechou. mas segundo o dono deste jeg, ele até poderia ter feito mas optou pelo "cravo", que para mim é coisa de ferradura, da qual não gosto, nem no animal. e como gosto se discute(o que não se discute é opção) seria assunto para muito chão pela frente. gastemos o chão então admirando o resultado, e deixando os coices para outro dia.



o franzido na porta denuncia que houve cochilo na hora da prensagem. em nome de todo o resto, eu rebitaria de novo, como se deve. e já agora, tiraria também o "vinco" da aba do "quebra-vento". perfeccionismo? nem tanto mestre.



ressaltamos que o tamanho da janelas traseiras, originalmente é menor. falta de referência iconográfica não foi, o que me leva a pensar que é uma decisão do dono em alargar os espaços de visão. não compromete. mas se eu fosse fiscal de placa preta, tiraria um ponto. mas daria outro, por este ângulo, onde a capota está íntegra em sua retidão, coisa que no brasil já foi para as cucuias(pra não dizer pro caralho) faz tempo. e da falta dela, não se salvam a maioria das capotas, e - não estou falando de capotas - civis, militares, juízes neste momento conturbado, onde nada nem ninguém é reto quando se trata de escolher entre ter ou manter(quem já teve algum dia) o caráter ante o poder.



esticada como pede o figurino. mesmo que seu objetivo não seja placa preta, não faça o mínimo achando que fez o máximo. como diz o bordão: faça uma vez só. faça bem feito. e no caso do jeg, faça movido pela excelência de estar fazendo em mais um carro nacional que foi à pique pela falta de excelência de "nossas excelências".e já agora, eis as paletas alinhadas. isto é que é. não é porque você é jeg(ser jegue no nordeste é ser desengonçado) que você não possa ser alinhado(em tudo).

* fotos gentilmente enviadas e cedidas à publicação pelo waldir bortholuzzi, que junto com seu irmão, vão chegando a reta de saída da finalização do processo de recuperação/restauro do seu jeg. quem acompanha o voudejeg tem a ideia de quanto custoso foi o processo, principalmente em termos de tempo, paciência e mão de obra, e antes que você complete " dinheiro", digo-lhe que dinheiro não é tudo na vida. tem gente que tem, "sobrando" e mesmo assim fez merda no seu jeg.
seja rico mas não seja tolo. seja pobre mas não seja miserável.

Sunday, March 18, 2018

amarra o tampo, segura o tampo

em um dos posts sobre a restauração do jeg dos irmãos bortholuzzi, nos referimos sobre a formatação da amarração(inclusive corrigimos a publicação que estava truncada) destacando que este formato nos parecia mais jipe. portanto se você tiver uma ou outra amarração, sossegue. está à caráter. 

Tuesday, March 13, 2018

patamar alto, cobranças altas - tolices, inveja e despeito, também; diria o filósofo.


sim, por certo, ainda falta muito. mas pouco em relação a tudo que já foi feito


rodagem original do jeg, eram os cidade e campo firestone 15, tala 5.5. na falta deles(deixaram de ser fabricados como 15) um restauro ainda mais minucioso buscaria os "argentinos" que preenchem a lacuna ou, na pior das hipóteses, utilizaria os 7.35.14 cidade e campo, da mesma firestone, para manter o figurino. estes(pneus) scorpions mordem o rabo, nem que seja o meu. mas o dono depõe que fez a opção entre manter as rodas 15 originais e não os pneus, do que buscar os pneus, mais fáceis(14) e perder as rodas. então é o caso de se dizer: vão-se os pneus ficam as rodas? ou seria melhor: vão-se as rodas ficam os pneus? é meu amigo, a vida é um dilema diz o lema.


e olha lá o puta que pariu no lugar que lhe é devido( se você leu o post "antecipando o verão" sabe do que estou falando). o detalhe do acionador do esguincho do para-brisa é rebuscado. a maioria hoje usa comutador elétrico na coluna de direção mesmo, acionando bomba incrustada no reservatório.


1600, carburação una, devidamente entronado. no detalhe o protetor de cárter, com fixação externa( pessoalmente prefiro a fixação interna que deixa o para-choques mais "limpo" e a câmara do silêncio do escape). o tamburão, que conhecemos como galão(alguns chamam camburão- eu arrepio só de ouvir o nome porque lembra certas viaturas obscuras)nos dá uma sensação de desproporção, razão pela qual optamos por usar o tamburão de 10 litros(que não é original). o jeg, trazia como acessório o de 20 litros, similar ao da foto. e, apesar de hoje o politicamente correto censurar o dito, não o faço, e digo com todas as letras: que belo rabo tem este jeg. estou por cá cheio de tesão.


reservatório de água dá o tom de oasis ao que está por vir. caixa de direção já se aponta, assanhada. e no detalhe, a plaqueta de identificação.


muito embora este jeg - segundo os donos - não tenha sido montado pela dacunha ou QT - se assim foi, eu aposto na jeg tean, do nivaldo modenese, que montou a última leva de jegs comprada por um grupo de "engenheiros" da GM - trás a plaqueta de identificação da dacunha, com o ano de 86(bem após o encerramento da produção pós-dacunha, pela QT) com o número da carroceria 557, que o coloca no bojo do número que utilizo como referência de jegs possivelmente fabricados, que acredito não passou dos 600, muito embora há quem diga que já viu plaquetas de número 800, porém sem comprovar.


detalhe e refinamento da fixação do para-choques, com destaque para o guincho que é um verdadeiro ex-libris para o jeg(e também para os gurgel)



o tampo do "porta-trecos, porta-step", traz um reforço interno que, ao que parece, tem dois formatos de amarração. este, digamos mais "clean", e o outro(objeto de publicação futura). mais "dirty", que nos parece mais afeiçoado aos jipes. a razão da existência das duas, não sabemos. ganha um "doce" quem souber. aliás, em matéria de itens "dúbios" no jeg, se for assim recompensar, vou ter de comprar uma confeitaria.


eu estaria exagerando se dissesse que é a visão do paraíso. mas quem tem um jeg, entenderia o que quero dizer. mas aquele pecinha preta(o trambulador) sobre o eixo faz-me lembrar maus pedaços. quando folga, "porca-miserá!".



paraíso traseiro, paraíso dianteiro, aqui e agora


o tal pneu scorpion a caçoar de mim. também lhe desdenho e fico com a curva do para-choque, delicada e austera ao mesmo tempo.



belo panorama. mas não entendi - talvez seja o ângulo - quando vejo apenas as barras de fixação do que seria o protetor de cárter, chapa inteiriça, com o devido recorte para se proceder a troca do óleo, limpeza de peneira, etc, sem necessidade de desmonte. mas dá para ver as aletas inferiores de ventilação, que muito mecânico por preguiça criminosa retira por preguiça de montar. o motor esquenta horrores sem estas "chapinhas", fixadas ali nas barras das bengalas

 

os jegs que foram para a europa, em sua maioria, usam calotas de fusca, que não me fazem o gosto (esta parece não ser). do meu ponto de vista estético, jipes são veículos onde calotas não cabem. apenas o protetor de cubo, muito necessário, que lhe conferem visual mais agressivo. mas, obviamente, é opinião pessoal. mas se alguém quiser levar em consideração é só olhar para a roda dianteira e a traseira e rodar a sua conclusão.


* o jeg aqui mostrado pertence aos irmãos bortholuzzi que gentilmente cederam as fotos para publicação e que por certo darão enorme contributo e inspiração para quem sonha em restaurar recuperar o seu jeg. torcemos para que tal sonho torne-se realidade - e desafiadora - melhor ainda que esta concretizada. mas ainda tem mais.

Wednesday, March 07, 2018

antecipando o verão

mais um lote de fotos enviadas gentilmente pelo waldir(um dos irmãos bortholuzzi) da restauração do seu jeg, em fase, digamos, semi-final. 

para todo aquele que pensa em recuperar seu jeg, da forma mais original possível, cada qual de acordo com suas possibilidades, este projeto é referência, mesmo que o resultado não busque a originalidade a 110%.

antes que se ouça o com grana até eu faço, não custa lembrar que pobreza não é desculpa, nem empecilho, para você não fazer o melhor que o momento pede, pode ou permite. o que "astravanca o progresso", é a pobreza de espírito. esta sim, é mortal. como por exemplo, aquela que leva o sujeito a colocar emblema de audi, no jeg. este tipo de mentalidade, por maiores que sejam os meios disponíveis, não sei se dá para recuperar. 

se funilaria de automóveis é hoje algo quase em extinção, a do bom gosto anda algo atordoada de tanta trombada que se vê por ai(e consequentemente por aqui,na história do voudejeg).

por isso, sinceramente, se você for um dos acidentados, não espero que seja sobrevivente.


no caso do santo antônio, a robustez da segurança é inversamente proporcional a delicadeza estética. e ainda há quem diga que santo não pesa na conta.pesa.
do jeito que aqui está, poderia sair levitando e participar do blade runner que não faria feio.
alinhamento perfeito do estribo. favor não pisar, por mais incoerente que seja um estribo para não ser pisado.
por enquanto painel sem o "puta que pariu" que fica(rá?) logo acima da tampa do cofre. não sabe o que é puta que pariu? puta que pariu. e no detalhe o motor do limpador do para-brisas, que originalmente era tanto ou quanto "preguiçoso"(e os eixos gostam de uma folga que é uma beleza)
um dos detalhes mais "picantes" da restauração é o sistema de travas dos aros do farol. falaremos sobre isto no futuro. é coisa para artífice mesmo
a visão antecipada de que esta tampa do capô fechará harmonicamente alinhada com a frente e laterais. pelo menos torcemos para isto.