Sunday, April 27, 2008

domingo é dia de macarronada


o trocadilho é de mau gosto, reconheço. mas eis o raro jipe nissin,cujos exemplares são ainda mais raros que os do jipe jeg dacunha. o da foto pertence ao juca zambelli e foi garimpado do seu fotolog uol, ao lado do também raro jipe edra, este à venda, que será objeto do nosso próximo post.

e então? tem molho ou não tem ?

Sunday, April 20, 2008

sobre money, paciência, paixão, paus e pontapés


havia prometido voltar. sabia que não seria em breve. mas com certeza não era para demorar tanto. razões? principalmente a falta de novos materiais sobre o jipe jeg dacunha.

sabemos que existem rodando por ai umas boas centenas de jegs. mas na internet eles não tem dado as caras. tampouco seus donos, que poderiam contribuir imenso com suas histórias, dicas, relatos de restauração, etc.

mas se o próprio criador do jipe jeg dacunha, cel.catharino, como é conhecido - pelo menos é esta a referência, muito embora haja versões sobre a existência de outro projetista - anda recluso, e fugidio aos apelos dos aficcionados que certamente podereriam adquirir um imenso acervo de conhecimento - já nem falo das peças, que em entrevista aqui reproduzida, mostrava-se disposto a comercializar, mudando de idéia logo a seguir, não se pode exigir muito dos demais donos. respeita-se claro as idiossincrasias de cada um. mas faz imensa pena, o recolhimento imposto por alguém que, repito, poderia fazer imenso por todos aqueles que mantém firme a admiração, o orgulho, e porque não dizer a teimosia em manter seus jegs operando.

entre os possuidores de automóveis antigos podemos distinguir alguns tipos: os endinheirados empertigados, os endinheirados apaixonados, os apaixonados com algum dinheiro e os apaixonados obstinados, que mesmo sem posse elástica permanecem fiéis ao que se tornou paixão das suas vidas.

não é preciso pensar muito para se concluir quem é a maioria dos proprietários de jegs. e a falta que sentem de informações e de alguém que lhes aumente a obstinação em conservar, adquirir, melhorar, salvar o seu muar. por isso mesmo também, é grande a decepção quando alguém promete materiais e desaparece ou mesmo o fato de não haver uma colaboração maior entre cada um que possui ou admira o jipe jeg usando ou não este espaço, que nasceu para ser dedicado exclusivamente ao jeg mas acabou flexibilizando o espaço aos "primos tortos", justamente para não ficar tanto tempo sem publicar algo.

estamos voltando devagar, como devagar vamos iniciar uma restauração do nosso jeg, que deve durar cerca de 18 meses aproximadamente e que espero renda bom material iconográfico e de dicas que serão disponibilizadas a todos os leitores. a idéia é retorná-lo ao original. entendendo-se como original a versão(não a cor)militar que lhe deu origem, demarcada pelo step no capô, por exemplo. não iremos transformá-lo em 4x4, por que não vemos esta necessidade mas sim, pretendemos instalar a flange dupla e um bagageiro no teto.

talvez este prazo seja otimista. afinal: a paixão modela mas não realiza a transformação do orçamento curto em curto tempo desejado há tanto tempo para que o restauro fique completo e perfeito.

mas, predicados do jeg - uma das coisas que me ensinou - há que se transformar a teimosia em obstinação. a obstinação em paciência. a paciência em ferramenta de ação, lenta porém contínua, rumo a transformação que se refletirá não só no jeg como naquele que o transforma sendo assim também transformado, espero, para melhor.

hakuna matata!

p.s. ilustrando o post, o jipe jeg 79, reformado pelo jomar figueiredo, que foi garimpado estando a venda anunciado num classificado por 12.800 reais.