Sunday, January 25, 2015

a lei sempre implica com o "rambo" ?



antes de falar da lei (deixem-me olhar para os lados, para as esquinas, para os bueiros, e para o sótão) digo que faz falta o logotipo jeg do qual vemos apenas vestígios de onde foi arrancado, e que seria assim uma espécie de moustache deste "jeg semi-barbudo".

proprietário diz que não. mas "leitor das oropa" afirma que esta configuração parruda do jeg certamente vai ter problemas(em são paulo) na vistoria e ou na abordagem pela polícia rodoviária, que é federal- nem todos- em matéria de garantir o peru do natal, mesmo que ainda nem tenha chegado o carnaval, por conta das curvas na ponta do para-choque e quiçá da alteração da massa de embate(parte-se do pressuposto que a motorização 1800 ap está documentada).

o jeg "rambudo" - trocadalho imperdoável - esta à venda, e quem o comprar pagará para ver. agora, se está rodando, emplacado, etc, das três uma: ou o leitor está enganado ou nem por isso; ou o carro é de alguma "notoriedade policial ou bandidística" ou é mesmo do rambo, que eu se fosse polícia ou vistoriador não ia deixar passar batido: pau de selfie na mão e canetinha e papel para autógrafo na outra.

paralaxe ou deu parangolé na lateral ?

a visão de paralaxe, não sei se o caro leitor é familiarizado com questões ótico-fotográficas - longe de mim duvidar da sua sabedoria mas quem não duvida não esclarece - é um efeito de aparente deslocação do objeto observado de acordo a modificação da posição do observador. o que vemos aqui, não seria exatamente isto. mas como tinha de encher linguiça e quis parecer - para além da paralaxe com que você me lê - um sujeito minimamente esclarecido fui buscar o conceito, envernizando o post, quando poderia simplesmente dizer: é impressão minha ou a traseira(pelo peso do motor?) está desnivelada em relação a dianteira ? talvez sim, talvez não, a julgar pelos pneus de diferentes medidas ? mas isto seria também uma paralaxe ou foi só parangolé na escolha da montagem?

p.s. o falso estribo lateral é característico das versões civis do jeg. o estribo tubular, das militares. mas para jeg tão parrudo, e tão mexido, quiçá visualmente mais integrado.

ah! "gregos miseráveis"


foram eles que estabeleceram os tais princípios da proporcionalidade, uma conditio sine qua non, da -  e para - apreciação da beleza. e assim sendo, a "mesa de guincho", cuja função também é maquiar/proteger o radiador, afinal temos aqui uma motorização refrigerada a água, acaba por ser um trambolho. o brinco do espelho, que tem sua razão de ser prática(o espelho original acarreta perda de visibilidade) também não tem nada de grego. mas quem liga aos gregos, pois não ?

um motor que não cabe em si ?

o que move este jeg não é maravilha tecnológica concebida pelos idos dos anos 30 - o boxer vw - e sim um ap 1800. noutras adaptações que vi, o problema de sempre. a "casa das máquinas" pensada para o tamanho "compacto" do boxer se entala com os ap, provocando muitas vezes flatulência quando não inchaços abdominais no assoalho e adjacências superiores. pelas fotos não se pode precisar se isto também aconteceu por aqui. estaria a tampa mal fechada? ou não fechada pelo " peidinho"  a caminho? coisa ou outra, o resultado estético não é dos piores se você não for, como eu, um gourmand da originalidade,  deixando a traseira de certa maneira mais encorpada. agora a telazinha de brasília para ocultar o(s) escape(s) é espinha de peixe que não engulo. e para não parecer ainda mais intragável do que já sou tido, não vou implicar com a antena, que lembra miseravelmente o péssimo hábito de palitar os dentes, do qual não escapam os homens e mulheres que costumam abusar do dourado. a capota inclinada não é talher caído da mesa não. é original sim senhor, ainda hoje fabricado pela pissoletro sob encomenda.

perdendo a direção




















o volante massificadamente conhecido como "direção" é algo que d´um jipe não deveria nunca ser separado. mas é coisa que constantemente acontece, e na sua maioria de forma desastrosa, desastre que aqui pode-se dizer minorizado? há quem diga que a estética é levada ao matadouro para dar lugar ao conforto e ou a segurança. contudo um jeep sem volante original é jipe que perdeu a direção.e ponto final.

p.s. a bateria de escola de samba dos botões(e mostradores) é algo que pessoalmente não me encanta. mas vivemos um mundo onde o less is more não passa de literatura. então é o mais pelo mais, e tome mais ainda, o que leva a uma pobreza- em todos os sentidos - desgraçada.