Wednesday, May 27, 2015

não me diga que você vai amarelar

da asa norte de brasília, capital hoje muito mais decantada pelos escândalos da violência( e da miserabilidade da saúde pública, aliás são tantas que não se pode mesmo ter dúvidas que estamos na capital do brasil) que se lhe atribuem periférica mas em cujo vórtice perpetram-se as maiores bandidagens que se tem notícia na história deste país - e "abram-se parentes"(perpetradas por todos aqueles que se dizem representantes do povo, de deus, da ética, da justiça, da soberania e do caralho a quatro), eis que surge o cavaleiro muar à venda que nos chama atenção pela imponência emanente da cidade onde todo o poder que emana do povo - segundo um certo deputado expulso do psol emanaria de deus(só se for do deus mamom) - deixaria qualquer jegue(o animal) na ponta dos cascos. quiçá este jeg não nos incite a demonizá-lo pela proximidade ao poder. 

mas de cara vou avisando logo: se você é daqueles que acha que pode comprar um jeg por "cinco, dez pau" vá tirando logo o seu cavalinho da chuva que este vai além dos trinta mil. 

e isto tudo porque brasília é uma cidade cara? não caro (e)leitor: é que democracia é uma coisa "cara" mesmo: de se ter e manter, de maneira que cada um possa pedir o que quiser e cada um possa pagar. e quiçá se quiser(mas com o que é seu e não verba pública) o que quiser pagar, sem que se tenha de sair por ai crucificando ou sendo crucificado  porque não tem ou porque tem demais. e que este preço é assim caro para que saibamos valorizar o que é tê-la, a democracia, que é sempre mais barata do que julgam aqueles que querem acabar com ela em nome da correção de desvios. isto posto, nunca é demais lembrar que não há caminhos sem curvas para se chegar as retas. e que as retas, tão somente retas, não nos deixam nenhuma opção de escolha a não ser seguir em frente mesmo que seja para o abismo. o que tem de ser reto é o caráter(a tal "retidão do caráter") não os caminhos. isto posto sigamos adelante.

o outro lado da história ou a faca de dois legumes


























quando mostrar a lateral pelo lado do "zequinha"(direito) você saberá. por hora registre-se que estes santo antônios findam lembrando uma bazuca mas sem o seu poder de fogo. e que este tipo de janela, que foge ao formato original, é uma faca de dois legumes(sempre) para um jipe: favorece a visibilidade de motorista em manobras e passageiros para a paisagem mas também torno a viatura completamente devassável de maneira que nem uma caixa de fósforos poderá arriscar deixar dentro do jeg.

"roda roda e apita"


























(mal) acostumados a ver o jeg com todo tipo de pneus e rodas que lhe dão caimbra( e fungo nos cascos) se não temos aqui os "sherpa" (cidade e campo firestone 7 x 35 x 14 ) temos um lameiro cujo desenho da banda de rodagem não faz feio em conjunto com uma bela " mexicana" que apresenta um interessante detalhe na complementação/proteção do espaço característico das cinco furos originais. o detalhe é que nos primórdios, tal como o gurgel X-12, os jegs saiam com aro 15 bem mais apropriado para seu desempenho. mas 14 ou 15, eis um belo exemplo a ser seguido.

resistindo ao "olhar enviezado"


























para não repetir aqui, o que falarei nos posts subsequentes, digo apenas que a fixação da capota por botões de pressão é uma das piores coisas que pode fazer consigo e com o jeg, estética e praticamente falando. para já capota nunca ficará lisa e alinhada como deve. em pouco tempo tende a uma frouxidão tipo bandeira despregada, como se já não bastasse que o alinhamento dos botões nunca é conseguido. há uma maneira simples, barata, eficaz e invisível de a fixar, e de tal maneira que uma dúzia de gatos pode dormir na sua capota que ela não perderá o estique. no mais, que beleza de frente, mesmo com adoção dos faróis de milha - bem equacionados - limpadores alinhados, "us" de amparo ao para-brisas quando basculado e os logotipos, ah! os logotipos, no lugar que lhe merecem e o jeg merece. dúvidas apenas no campo de visão dos espelhos, um problema crônico dos jegs por conta da perda de visibilidade das janelas(mesmo que faça em material com filtro UV), que costuma ser resolvido com aumento das hastes, tornando os espelhos salientes, ou passando a usá-los quase no topo da capota, tal e qual um modelo que publicamos aqui rodando na alemanha. jeg, vw, alemanha, 7 x1, pra você ver que tem tudo a ver.

o logo da vw é para lembrar as voltas que o mundo dá* ?


























original a direção não é. mas é certo que houve o cuidado ou o acaso tratou de resolver da melhor maneira que já vimos aqui para quem não usa o volante original. de resto os botões em linha, na quantidade que não vai além dos exageros, as seta jipe com magnífica presença, e o tom de preto que se reduz o espaço(o preto segundo a psicodinâmica das cores) dá a sensação do espaço ser menor do que é - o jeg tem espaço para suportar isto sim senhor - confere um ar onde a combinação com o amarelo chama para a classe que é sempre maior num jeg original. um cromado na base da alavanca de marchas não diz a que veio para quem olha a foto mas não se vê o "selectraction" - o auto blocante manual, aquelas duas alavancas paralelas ao freio de mão que para quem sabe usar poupa de pedras e areia nos sapatos, para não dizer lama e barro. no mais um detalhe(mais jipe do que isso impossível) a aba da bolsa do "porta-trecos" a dizer que aqui há um jipe mesmo que seja metido a besta.

* o jeg é uma derivação do projeto de jipe abandonado pela vw brasil, a quem muitos chamam "pagão".

o que a bunda não sente aos olhos custa outro tipo de lágrimas


























poderia dizer que em jipes(jegs) há uma máxima em relação aos bancos: se opta pelo conforto(e segurança) perde o assento. é a tal coisa, a proteção das lombares dá-se as custas do desconforto da memória. é o que aconteceu aqui. olha-se para os bancos e outro carro se nos apresenta. quanto a mim é demais para um jeg. mas o detalhe do cinto de segurança na cor do carro não é coisa de "fru-fru" não. é um bem cuidado.




quando o inferior é mais que o superior


























esqueça o volume e a impressão, que não é das piores, neste ângulo, causado pela capota, e concentre-se no detalhe do logotipo lateral jeg preservado, nas aletas de respiração do motor, na porta esticadinha à caráter, no conjunto das jantes ou rodas, como queira, que apesar de não serem originais estão perfeitamente integradas ao espírito da viatura, sendo um destaque que é sempre bom atentar para você ver onde pisa. não vou me referir ao conjunto dos espelho retrovisores(não originais) que encorpam o jeg para além do desejado mas que não deve ser penalizado por isto. agora o detalhe do estribo, banguela, é que não bate bem, porque não é uma coisa(tubular) nem outra(chapa inteira de para-lama à para-lama).

o bom é inimigo do ótimo *


























se nem tudo é perfeito, quando se vê esta diagonal alinhada, fica-se a perguntar: por quê não se chegou tão perto ?

* expressão usada em portugal para acentuar que a satisfação com menos não nos leva a fazer/esforçar mais ou coisa parecida de modo a atingir a excelência. o que se constata neste jeg

entre a obscuridade da luz e a tapada


























a quase perfeição de uma traseira maculada por um luz de ré que equivale a uma corcunda no meio das costas. menos mal a tapada do motor, e o escape que não se coaduna com o dna jipeiro que deveria ser preservado no jeg por todo o seu histórico. por conta eis que há quem levante a cabeça e dê de cara com uma capota com trejeitos de peruca(mal sentada) e protetores de nuca que nos levam a sentir uma bafo indesejável. ainda assim, a traseira do " guo" é "tampa".

tira-teima ou extras pra quem te quer

belo perfil, independentemente dos senões

























a tradicional tira estica capota presente. ausente o para-sol item obrigatório e passível de multa pela ausência



























recaro de mais pro meu gosto

um marcador a mais no painel de uso não identificado, ainda bem que observou a simetria


o bolo-fofo da capota decididamente não bate bem, assim como os botões



Sunday, May 10, 2015

inteiro, apesar dos pesares


























sem martelinho de funileiro nunca dá para dizer que uma lataria está enxuta ou não. mas na aparência, este jeg parece conservar o basicão - que não é pouco - intacto. houve a preocupação de refazer a aleta de respiro do motor conforme o design original, o que é louvável, mas a soma dos outros detalhes é uma vexame, onde pode-se incluir o volante mas que vá lá pelo menos não é como " as estrubicâncias" que já vimos por aqui. jantes ou rodas como seja que você chame são as famosas mexicanas, que funcionariam melhor com pneus mais adequados. mas não vamos exigir demais do bolso. painel intacto e extintor dando sopa na lateral direita. convinha deixá-lo no interior do capô. fica seguro e mesmo em caso de incêndio dá tempo de retirá-lo e usar. se não apagar o fogo, também não apagaria estando onde está, não tenha ilusões. mas como verde é a cor da esperança, quiçá, o jeg encontre alguém que tenha maiores cuidados inclusive recuperar os logotipos que são indispensáveis a um jeg e proprietário que se e os preze.

nem com chá de mato verde



























estes faroletes que mais parecem olhos de caranguejo não tem cura. isto posto salva-se intacto o falso estribo aqui num ângulo privilegiado para quem tem um destes - há também as versões, originais sim senhor, tubulares - para o caso de uma restauração. nisto, este jeg não perdeu a linha. no resto, deu mato.

sem fermento nem unguento


























não há muito o que dizer - mas muito a fazer - quando um jeg chega a este estado, que absolutamente não é terminal. os bancos bolo-fofos podem poupar a bunda - as hemorroidas nem tanto - do cidadão(ou cidadã) ao volante mas são tudo que a mística de um jipe não precisa. mas como a agora vem crescendo a mania de chamar suv de jipe e vice-versa, culpa também dos excessos de comodidades acrescentados(isto vicia e deforma, a forma física inclusive para não dizer que destrói o psicológico) vamos levando com esta nos novos e reformados. isso dói mais que as ditas cujas mencionadas quando dilatam para além do piloro.

diferença entre marra e querer fazer as coisas na marra


























para-choque parrudo - hoje diz-se bombado - dá uma certa marra a esta traseira. agora as sinaleiras de caminhão é querer fazer na marra uma adaptação que afina o para-choque. os jegs da primeira fase usam realmente lanternas de caminhão. mas não estas, que são somente sinaleiras. e como maus sinais nunca vem só, este escape pumeiro, sob a tampa de kombi(esta tampa do motor não é original) somados aos encostos de cabeça que são uma dor a estética, não bastasse o vara-pau do santo-antônio. depois eu é que sou marrento.