Monday, June 16, 2014

mais esta agora

"Fabricados apenas 800 unidades em extinta fabrica na Bahia"


a legenda que acompanha o anúncio de venda deste jeg - um do raros que ousou aparecer com o para-brisas basculado e com uma família à bordo, com cadeirinha e tudo o mais - é mais uma invencionice(estou sendo delicado) um chute, um coice, entre os tantos ditos sobre o jeg.

aliás, até parece que o condutor está se esquivando da barbaridade da legenda, uma vez que que o jeg nunca foi  fabricado na bahia(alguma influência do post anterior? espero que não).

então, onde? onde seria? na china também garanto que não foi, nem tailândia , nem na índia. no voudejeg já está dito onde foi, se é que não se lembra, ou se é novo por aqui.

tenham dó. pra que inventar? só complica. não precisa sequer mistificar. a foto em si já diz muito mais. e diz muito. afinal, não dizem que uma foto vale por mil palavras? 

pois bem, a "bahia tem um jeito". mas não tem jeito que fizesse um jeg ser fabricado lá. nem a fábrica foi extinta na bahia, nem a ignorância nem o desconhecimento sobre o jeg, apesar de todos os pesares e posts publicados. por isso hoje nem vamos comentar os detalhes, tamanha descarga.

sigamos adelante então. como diria um certo colunista social, que marcou época, cavalo não desce escada. não vai ser o jeg que vai descer, analogamente falando, como deve ter ficado claro. 
agora, como utiliário, não duvidem. desce -e sobe - até as escadarias do senhor do bonfim.

Tuesday, June 03, 2014

a bahia tem um jeito; mas não tem jeito que transforme reforma em restauro

dizem que baiano não nasce. estréia. mas também que baiano "burro" nasce morto. se fosse levar ao pé da letra, estaria aqui falando de um defunto, pois caracterizar uma reforma como " todo restaurado" é de uma "burrice" - ou descuido - que equivale ao equívoco(neste caso intencional) de proliferar cavilosamente a preguiça como uma característica baiana maior e não a inteligência, que está expressa nos mais diversos campos de atuação do intelecto por nomes que já fazem parte da nossa história, seja na música, ao que de imediato todos remetem, ao cinema, filosofia, medicina, direito que se fosse citar nomes e categorias, isto aqui viraria enciclopédia ou almanaque. então,se duvida? vá ao tio google, nem que seja para confirmar ou relembrar.

de volta ao jeg, se totalmente restaurado, onde os "u" do suporte do para-brisa, neste blog tão decantado? se totalmente restaurado, que raios faz ali aquele farol de milha, que mais parece brinco sem graça de um retrovisor que nem nos piores pesadelos de um restaurador seria cogitado? e tome de piercing no para-choque, só para começar. reforma, tudo bem. "boa"!. agora restauro, não. restaurar é recuperar o que foi perdido, portanto de volta ao original.

e por falar em boa, em bahia, você já foi a ilhéus? não? então vá. é a cidade com o mais extenso litoral entre todos os municípios baianos. nem que seja para comprar este jeg reformado. sabe com é, a bahia tem um jeito que restaura a alegria da gente.

não perdeu a linha. mas as costuras não dão nó

na tentativa de adicionar plus ao jeg, muita gente escorrega na palavra. e aí não tem selectracion que salve. mesmo que o leitor me situe como um escrevinhador de exagerado rigor, há de convir que o anunciante ao transcrever que o jeg "sobe até parede", ao tempo que acentua a tração traseira, está muito mais fazendo um desserviço do que acrescentando diferencial ao seu jipe. sim, é jipe. e a expressão subir parede, já tão encastelada ao universo jeep, pode ser considerada uma expressão figurada. mas esta não cola no álbum do jeg. sua característica maior é a leveza e desenvoltura com que transita na areia, barro ou terra - a munheca do motorista, e outros fatores como tipo de pneu, etc. tem de ser levadas em consideração - . não é um fraco. mas não tem fraco por paredes. aliás, uma das críticas, em meio há diversos elogios, é a falta de um motor com mais potência, não tão necessária para o arrasto, mas sem dúvida para o empuxo necessário para subir paredes, paredões e seus derivados. pra você não ficar "subindo pelas paredes" se tiver de comprar o jeg, que não seja por este atributo. senão, é coice na certa. por isso fique com a boa altura do solo, 50/55 cm, como diz o proprietário, e um tanque de 80 litros mais os 20 do galão, e você já tem uma autonomia que muitos puros sangues não tem. então devagar e sempre você chega lá, às vezes contornando paredes. terá combustível para isto.

varanda para todos os ares. menos os da originalidade

percebe-se, apesar da má qualidade das fotos, que o jeg, sim, foi reformado - restauração como vimos é outra coisa - ganhando uma série de babilaques: novos bancos-não originais- com encosto de cabeça, novo volante, que "filhos de ghandi" não iriam apreciar, escape? lado esquerdo, com anorexia, e outros itens que já comentamos por aqui, como o espelho "subido". mas seria isso suficiente para que consiga o preço pedido ou o torne irresistivelmente atraeente? afinal, há bem pouco tempo, jeg com teor de originalidade bem maior,e qualidade de reforma/restauro( os detalhes, sempre eles) foram vendidos por preço abaixo do pedido neste caso. 
mas, como cada caso é um caso, talvez este vá adiante por conta do "axé". então axé baba.