Saturday, February 22, 2014

like a jeg stone, of course




jeg ladeira acima:  http://www.youtube.com/watch?v=XSjT1JBLnN4 
jeg ladeira abaixo: http://www.youtube.com/watch?v=QWcHVrQO5AQ


em se tratando de rolling stones, pra quem preferir a opção "bandido global", que é a da hora atualmente, eis aqui a "flex" que dá para subir e descer. 
http://www.youtube.com/watch?v=bAAQ3rwh8nY



Friday, February 14, 2014

ei em alemão é ai. mas frankstein é uma criação inglesa - porém de uma certa maneira este voltou à casa


a  matriz do design do jeg é alemã. isso é unanimidade. 

neste da foto, as cicatrizes - que podem ser eliminadas, of course - resultantes da implantação das portas inteiriças de aço, trouxeram um visual que imediatamente nos remete ao frankstein - ainda mais agora com uma nova e desastrosa versão nos cinemas - . mas isso não quer dizer que pensamos ou vamos, como no caso do frank - acirrar o seu abandono, desprezo ou demonstrar horror ante a sua existência a que todos atribuem ser desditosa.

tenho para comigo - e a história anda ao meu lado - que em alguns casos, o feio finda-se belo. ou senão, componente de um visual cuja personalidade, se forte, não raro - não se admire - estampa-se inconfundível passando a ser imitado, quando não idolatrado.

por hora digo-lhes que este jeg não me desperta antipatia nem horror. e não teria problema algum - ao contrário de tantos - de tê-lo em minha garagem.

afinal, a mensagem subliminar, rasteira ou não, da obra, é que menos por ser estranho e mais por falta de amor e pela monstruosidade dos ditos humanos normais é que frankstein tornou-se um monstro ele próprio só bem mais tarde sabedor disto ou, melhor dizendo, incutido a isto. no fundo é que o fazem hoje muitos pais, professores, e governos, com seus filhos e povos.

comigo não violão.

foi testado lá*. não precisa provar mais nada; ao contrário daqui onde muita gente nem sabe o e quem é

por alguma coisa em torno dos 15 mil reais no e-bay(já vendido) preço que não assusta a legião de fãs que o jeg tem na alemanha.* o jeg foi enviado a alemanha para ser submetido a testes pelo exército alemão e reza a lenda foi aprovado( e dai, se não fosse?)assim como teve algumas unidades exportadas para lá, segundo algumas informações de revistas especializadas mas que me levantam dúvidas.
p.s. este cromado do espelho é pra combinar com a maçaneta da porta? pretinho básico ia melhor. mas não agride. uma private joke?

a questão não é ser desalinhado. é o alinhamento do desalinhamento que importa


a falta do logotipo dianteiro - presente nas laterais, e sumido na traseira, aliás onde mais some - as traseiras tem uma sina de perder muita coisa, cuidado com a sua - são, digamos compensadas por um visual que vai desde a pseudo grandiloquência do protetor não se sabe de quê mesmo- da chapa - e do espelho retrovisor direito. mas que nem por isso perde a delicadeza de manter os limpadores de para-brisas afinados como beethovem mesmo que o jeg esteja surdo a outros princípios de originalidade. em suma: tô ficando de miolo mole ou simpatizei por demais da conta com este jeg? 
não, não foi pelo sotaque. mas contribuiu para isso o paralelismo irretocável dos "u" e o esmero da barra preta, para além do fechamento da capota - com botões - o que é ainda mais incrível. e também não deixaria de falar do alinhamento do capô.
então a questão é a seguinte: se não dá para manter a originalidade do seu jeg, não perca a linha. um dirty jeg, como o da foto, mantém o rigor duma estética. pra dar um exemplo: imagine ele com rodinhas de boutique. ai fodeu. não é nem trash, nem kitsch. é o que muita gente faz,deixa o jeg fodido em si mesmo. sem falar na salada de componentes onde a bota não bate com a perdigota. ai, não tem jeito, desço a mão sem pena, tal e qual o sujeito desceu a sua - e o nível - no seu jeg - ao tratá-lo assim. depois não reclamem. next!

mais do que um novo prometeu no fundo frank, pela matéria da qual foi feito, é um super herói

no detalhe da chapa embaixo do para-lama dianteiro esquerdo, o acerto sem contas do uso da chapa bicromatizada. é preciso ser um cupim-de-aço, e desleixado ao milionésimo, para vê-la tomada pelo ferrugem. com manutenção primária a chapa caminha, tal como o frank, para imortalidade. mas não é por isso que você pode esquecer que o ferrugem está sempre à postos e ataca até os mais fortes sem dó nem piedade. de frankstein já basta este, até porque na batedura da porta perdeu a linha. mas carago! se nós que nos dizemos perfeitos não o somos, então vamos dar o desalinho pelo contexto e fim do textual.

na face direita do "monstro" a sua marca pessoal

detalhe da cirurgia tosca que fez o reforço de sustentação da porta que deixou de ser de lona para além do fato de se tornar inteiriça.o redondinho do pisca lateral é que não bate bem com o ar "miserável" da estrutura com mais um pequeno detalhe de dobradura da ponta do para-choque, que reconheço familiar também ao meu jeg (hoje, mais para mad-max do que para frank;)

o lado do motorista é sempre o mais bem cuidado?

teoricamente sim, já que sempre é mais visto pelo motorista que genericamente é o dono do jipe. mas isso é só enche linguiça, porque esta roda está mais enferrujada, muito embora o resto esteja melhor. detalhe: a aleta de ventilação do motor está em estado de "zero".

ferrugem e descascado fazem o charme. agora os botões da capota não

mas o grampo trava da roda está intacto. e isto mostra que talvez este ar meio largado seja só charme para manter a fama de mal. pois na questão da segurança ele não perde o brilho

revelações fotogênicas do lado direito

por este lado vemos que ao contrário do frankstein que diziam não ter alma, este tem. agora se mais alemã que brasileira é questão que aqui não cabe tergiversar. mas concluo que até a cicatriz faria falta no visual. detalhe para o espelho do motorista que não segue a solução do lado esquerdo e da ponteira de escape que nos parece destinada a enganchar onde não deve ou sujeita a rinites ao passar por regiões alagadas. no mais, até a capota mole fica com cara de durona boa de briga.

mesmo visto de lado não dá pra deixar de lado

como fica bem este jeg na paisagem presumivelmente alemã. é o caso de dizer que foram feitos um para o outro. detalhe da barra de sustentação da engenhoca do suporte do step traseiro que neste caso, mesmo ferindo a originalidade, encaixa-se perfeitamente na proposta agreste do carro, ainda mais com aquele espelho que mais parece um "mata-dragão".

também tem "ri-ri" na alemanha


apesar de não ser original eis uma traseira que impõe respeito até na alemanha, sem deixar de lado as originais e multi-versateis lanternas da kombi que equipavam a versão traseira reta dos jegs. também não se perde o detalhe do fechamento da capota com "ri-ri"(fecho-eclair) com se diz no norte-nordeste. da alemanha? tá bom, fica combinado assim. a jante originalíssima para o pneu que tá me parecendo 15, como 15 eram as jantes que equipavam o jeg à saída. e sim, este porta-step traseiro foi a mais bem elaborada e sutil solução até hoje vista por aqui para quem precisa da espaço ao "porta-malas" cubículo.

há mais buracos no painel do que você vê

visto pelo lado do zequinha o interior dianteiro do jeg com o para-brisas semi-basculado e uma luz espia na vertical colocada no painel,salvo engano. a curiosidade é que aparentemente estão lá o mostrador e o marcador de gasolina originais. mas logo abaixo veremos que não é bem assim não.

olho no redondo




detalhe da marcação do nível de combustível intra odômetro/velocímetro. faz a diferença no visual.e vejam que não perde a linha nem no visual da ignição

no assoalho um detalhe pra lá de importante






    


de quantil ou não, o assoalho traz nervuras que são fundamentais para reduzir o barulho e aumentar o coeficiente de torção. a maioria dos proprietários de jeg na hora da troca do assoalho - quando não o remenda - mete um chapa(16)lisa. e o resultado não é dos melhores. atentem para a luz alta e o botão acionador do esguincho do para-brisas que são acionados pelo pé esquerdo, seja você canhoto ou não. os pedais milagrosamente conservam o alinhamento. os bancos de fusca ainda na ativa, face to face com um painel que sofreu modificações na linha dos botões, de alerta inclusive, somados ao que parece ser uma caixa de som. sem tampa, a caixa de fusíveis(quase rente a base do painel) costuma levar de vez em quando umas "joelhadas", de modo que convém encaixar a tampa para não ter engasgos fora de hora. no lado oposto, discreta, a alça destinada a bater a porta. já no lado de cá, as três dobradiças que motivaram cicatrizes nas laterais.

na hora de "calçar" o capô a "engenharia alemã" é igual a nossa

as calotas mais se parecem com capacetes militares alemães da primeira guerra. os piscas são" made in germany" e o protetor(de quê mesmo) acaba, neste caso específico, compondo a personalidade deste jeg

cuidado com os gases, literalmente falando

sem lugar para ancas largas nem gordas, nosso velho conhecido banco traseiro para três lugares. neste caso a vida dos mosqueteiros fica ainda mais infernizada com o cano da estrutura da capota(retrátil?) roçando o braço de quem ficar nas pontas. deve ser pior que assédio sexual. sob o banco, aquilo que parece ser mais um exaustor mas não é, portanto não se fie a produzir metano. muito provavelmente trata-se de entrada de ar quente, já que apesar da capota de lona, por conta das portas serem inteiriças em aço, funcionar como um tr(teto rígido) tanto não oferece abrigo térmico minimamente razoável como pede o tal aquecimento para não aumentar ainda mais o tilintar desta engenharia das portas.

o coração do monstro resiste- e impressiona- a um certo abandono que os mais atentos perceberão

















                     mangueiras condutoras de ar quente encorpam o visual para além da utilidade, como vimos.

"nosso" frankenstein sem capota

                                        apesar dos pesares - que  não são poucos - simpático o nosso "monstrinho" não?

Saturday, February 08, 2014

jeg MC: apesar do pick-up o som não rolou pra ninguém

na quatro rodas nº 220/novembro de 1978
dentre os raros dos mais raros( jeg TR, jeg 4x4) eis o mais raro: jeg MC. 

o grande destaque da dacunha no salão de 78 que permanece incógnito até hoje. muita gente - inclusive eu - nem sabia da sua existência. um jeg pick-up( pick-up chama MC, e vice-versa: antecipação dos tempos de hoje?) com capota sanfonada e cores vibrantes, além das jantes diferenciadas, não faria feio hoje em nenhum pancadão.

se considerarmos que em 78 a abc-diesel/dacunha(ainda não entendi quem é quem nesta história) estava em pleno take-off, o que terá levado ao abortamento de mais este voo?

se só foi feito este para o salão (dizem o mesmo do jeg TR) que pelo acabamento demonstra que não tem cara de protótipo, considerando-se o perfil da dacunha por ande andará o hoje mudo mc? algum empregado da companhia, sócio ou amigo da casa, o quedou? se é que não foram feitos mais de um. eis mais um mistério para os misterjegs decifarem.

p.s para vizualisar o texto da reportagem, clique na mesma e depois com o lado direito do mouse, escolha abrir em outra guia. ao abrir clique e aparecerá o sinal de mais(aumenta o texto) que permitirá aumentar o texto "quantas vezes quiser".

in tempo: não poderia deixar de registrar o trabalho do maestro joão augusto conrado do amaral Gurgel no veículo que aparece logo abaixo. estamos em 1978 e gurgel já tornava o futuro que temos hoje ultrapassado com uma veiculo urbano articulado com um design mais a frente do que a ficção dos jetsons. o que o brasil - leia-se autoridades, tais como o presidente topetudo( e cabeçudo), o ciro farinha do mesmo gomes, e demais responsáveis na época - fez com gurgel foi um crime de lesa pátria sem tamanho. a gurgel hoje poderia ser a tatra. a gigante indiana que faz de tudo(terrestre, marítima e naval) e que inverteu o jogo da colonização comprando a land rover e para a qual ninguém dava um tostão em seu começo. um pais que se diz emergente e que não tem uma industria automobilística que seja verdadeiramente nacional não é subdesenvolvido até a canela, ou pescoço: passa da cabeça. 

gurgel, a quem gostavam de vilipendiar atribuindo-lhe gênio difícil e convívio conturbado, esboçou ao mesmo tempo uma linha vertical e horizontalizada que deixou tontos e assustados até seus admiradores(imaginem a concorrência e inimigos), vide o clube do gurgel guerreiro onde, seguindo a "tradição  hodierna" da estupidez ampliada pela internet, é alvo de comentários que são verdadeiro fogo amigo. aliás, tem muito inimigo que não diria o que seus pretensos admiradores dizem. mas isto é uma questão - jogo político x econômico X interesses antinacionais - que quiçá um dia abordarei no voudejeg já que não frequento mais o tal clube(site) que tem dono e daqueles donos que age como se fosse o dono da bola. aqui não: no voudejeg não. se "esculhambo" me deixo esculhambar sem nenhuma retaliação de qualquer tipo. aliás, nada melhor do que uma esculhambação verdadeira do que os elogios de falso brocado. isto posto, tenho dito. e viva o gurgel. e viva o jeg - abc-diesel-dacunha-QT que se eram tão incapazes de produzir automóveis viáveis o que fazem rodando e mostrando os dentes até hoje?(imaginem a evolução destes carros). "caveira de burro" é que não foi. com certeza.

Thursday, February 06, 2014

kombi 4x4: know-how era do jeg

Kombi 4x4 chegou a passar pelas pranchetas da VW

alavanca extra para acionamento do 4x4



roda livre


como diz a canção popular comer tatu é bom pena que dá dor nas costas



"tração 4x4 capaz de subir até paredes


reforço para aguentar o tranco

inspiração do jeg também nos protetores

step a frente não iria mal, o que muita gente já faz, principalmente lá fora



da duas, uma, a única da leva rodando


A história desta Kombi começa em 1979, quando a empresa paulista Dacunha Veículos, associada à QT Engenharia, desenvolveu um sistema inédito de tração 4x4 para a Kombi. A vantagem é que a empresa Dacunha era especializada em veículos off-road. Chegou a desenvolver veículos para o exército e o Jeg. O projeto não vingou e sobraram apenas duas unidades da utilitária 4x4. Uma foi totalmente desmontada e a outra ficou com um funcionário da Volkswagen, na época. 

A idéia do funcionário, Ernst Martin Scherwits, administrador de empresas e ex-funcionário da Volkswagen (também proprietário de uma kombi export, equipada com motor diesel para exportação) 

http://revista.webmotors.com.br/revista/antigos/kombi-export-uma-van-com-acabamento-de-luxo/1334081131664?rendermode=previewnoinsite

era viabilizar o projeto como kits, já que a multinacional o havia deixado de lado. O administrador de empresas conta que esperou a patente da Dacunha caducar e virar domínio público para tocar o projeto para frente com a ajuda de um empresário. Mais uma decepção: o kit também esbarrou nos custos operacionais e no fornecimento de peças. 

 Hoje, Scherwits se vangloria de ter a única Kombi 4x4 do Brasil (além daquela Export que mostramos ontem) e sonha em ver a tração nas quatro rodas abraçada por ele engrenada nas utilitárias pelo país. Mesmo demonstrando todo o carinho por estas raras vans, o saudosista afirma que ambas estão à venda. A única coisa que ele não revelou foi o preço, só adiantou que é impossível praticar o preço de tabela nas jóias raras. 

 Como funciona a Kombi 4x4 Ao câmbio original é acoplada uma nova caixa de transferência, diferente da dos veículos 4x4 tradicionais, sem marcha reduzida. Desta nova caixa de transferência saem dois eixos-cardã que se conectam com um diferencial dianteiro. Vale lembrar que a Kombi possui câmbio e motor originais na parte traseira. A sustentação dos eixos é feita por travessas adaptadas ao próprio chassi do automóvel. O diferencial dianteiro joga força nas rodas dianteiras por meio de semi-eixos, conhecidos no mundo dos pesados como cruzetas. Para acionar a tração 4x4, a Kombi tem no assoalho uma segunda alavanca que tem a incumbência de acionar o sistema. Para agüentar o tranco e o peso extra, a suspensão dianteira recebeu reforço.

(publicado originalmente na web motors. texto* do rodrigo samy, fotos do mario vilescusa)

in tempo: as legendas não aspeadas são do voudejeg. 
*o texto sofreu um leve copy/diagramação para não criar ruídos com as citações, porém sem alterar-lhe o sentido.


Tuesday, February 04, 2014

entre o design e a performance, o "secundário" ainda o fará cult

a capota inclinada e a traseira reta, ainda com de placa amarela e com o "esconde-escape" marcam o típico jeg dos anos 80. estribos, atribuídos à versão militar, estão presentes neste jeg que pelo colorido não poderia estar na caserna, além de ser um raro exemplar com calotas protetoras au complet. o banco traseiro parece estar basculado e o espaço de transparência(visor traseiro das capotas) tem tamanho generoso em relação aos primeiros.

27 unidades produzidas por dia*. exportado para alemanha, itália e inglaterra

* se esta matéria traz algumas informações que ajudam a esclarecer certos fatos em relação ao jeg, como o número de jegs 4x4 fabricados, outras confundem. ora, se foram produzidas cerca de 600 unidades, número que tomamos como standard no voudejeg(há quem fale em quase oitocentas, incluindo unidades montadas fora da fábrica) e a produção chegou a 27 unidades por dia, a aritmética pura traz uma questão: 10 dias, 270 unidades, 20 dias, 540(mais de 50% da produção total). ora: por quantos dias esta linha de produção funcionou? considerando-se que jegs foram postos a venda entre 77 e fins de 80(há controvérsias) oficialmente falando? alguma coisa não está batendo bem, mesmo que a produção tenha sido interrompida entre o trinômio abc-diesel-dacunha/dacunha/dacunha-QT.

de resto, o jeg testado pelo exército alemão, que o comparou ao mercedes 240 GD, com parecer favorável, acabou dispensado pelo nosso exército(aliás nem emplacou). o que me faz matutar: em que exército você confiaria seu parecer? 

p.s. clique no texto dos posts para ampliá-los e permitir a leitura facilitada do conteúdo.

depois das 4 unidades 4x4 produzidas, cores vivas, vidros ray-ban, pneus dune buggy e capotas coloridas para buscar os jovens

um painel do jeg como tem de ser. e a estabilidade - e não só  - que causaria inveja aos "grandes jipes"