|
catálogos da época davam-no como argentino (se fosse, entroncadinho assim, não seria um messi, mas sim um maradona. fora de forma - mas não muito. |
|
| o jeg é - e sempre foi - brasileiro. lançado em 1978, fabricado pela dacunha, era equipado com motor, traseiro, vw da brasília, 1543 mil cm3 e dois carburadores como o gurgel utilizava o selectraction, espécie de blocante manual. com ele era
possível
travar cada uma das rodas independente da outra, o
que é bastante útil em percursos no fora da estrada. manufaturado em
chapa com carroceria monobloco ao contrário de seu
principal concorrente, que era de fibra mas não de aço.a carroceria,
toda em chapa
(bicromatizada ou galvanizada) de aço dobrada, podia - e
pode - ser
fabricada com uma guilhotina e uma
dobradeira, tornado mamão com açúcar a funilaria( aço enferruja, não se
engane porque o inoxidável rima com o imponderável). deixou de ser
produzido nos anos 80, por motivos até hoje não muito bem esclarecidos e
constantes sob a rúbrica "dificuldades". após o encerramento de sua
produção pela dacunha, algumas unidades, entre elas algumas 4x4 foram
produzidas pela Q.T., empresa do projetista do jeg*, cujas maiores
informações você terá abaixo. na foto abaixo atente para o detalhe das duas alavancas que conferem o status 4x4 a esta unidade(quando o carnaval chegar vamos publicar o mais completo documento fotográfico de uma unidade 4x4, que hoje vive na california).
o
jeg passa uma impressão, que se confirma, de robustez. é peso leve, mas
é bom de briga( é o josé aldo dos jipes). pára-choques encimados,
guincho manual
e protetores de faróis, nesta versão montados no pára-choque, vertical
com filetes verticais, além disto o maior apelo de venda para sua
comercialização era, também, o motor, volkswagem 1600,
refrigerado a ar. estava garantida a manutenção simples de uma mecânica
feijão com arroz já reconhecida e afirmada, internacionalmente
inclusive nas piores condições, o que era garantia de tranquilidade por
muitos
quilômetros, além de permitir a resposta pronta a todas as solicitações,
com sua relação de peso potência mais do que suficiente. a tração
dianteira do jeg é um projeto
exclusivo da dacunha, ao contrário do chassi, que era de kombi,
encurtado em 40 cms. ao lado da alavanca de câmbio encontrava-se a
alavanca de engate das rodas dianteiras. a maioria absoluta das não mais
de 600 unidades fabricadas do jeg dizem alguns( soma dos produzidos
pela dacunha e q.t.) um pouco mais, dizem outros, vinha com tração 4x2
traseira. a tração 4x4 ficou apenas na fase de
protótipo, contudo alguns protótipos " pularam a cerca" e ganharam a
estrada(nosso exemplar californiano deve ser um destes). a transmissão,
por embreagem monodisco a seco, de
acionamento mecânico, câmbio de quatro marchas sincronizadas para a
frente e uma para a ré, com alavanca de mudanças no assoalho. é também
amplamente conhecida e reconhecida por sua simplicidade graças ao seu
uso pelos veiculos vw desbravadores do mercado( o bom e velho fusca e
sua tiazona atirada, a kombi, desde o tempo das redutoras, que no
principio também equiparam alguns jegs). suspensão dianteira,
independente, com duas barras de torção em feixes, barra
estabilizadora e amortecedores hidráulicos telescópicos completam o
pacote que qualquer mecânico bem intencionado da cidade, do interior, ou
do cu de judas domina com o pé nas costas. o jeg tornou-se conhecido
e associado ao nome de walter catarino finato* militar, coronel,
engenheiro do ime no rio de janeiro, que foi trabalhar na dacunha -
empresa cegonheira(transportadora de veículos novos) em são bernardo do
campo, bem atrás da volks - na época em que a empresa
fabricava o jeg. posteriormente, finato montou uma empresa denominada
"q.t-engenharia", em barueri, na marginal da castelo branco. lá
projetaram
uma caixa de transmissão que a zf (também em são caetano) autorizou a
fabricação. no fundido da caixa as marcas qt/zf coligavam-se o que dava
um certo orgulho
para a tecnologia nacional da época. a transmissão era aplicada nos
caminhões (ford / gm / chrysler ) 6x6 que acompanhavam o início dos
investimentos em álcool no brasil.
*o assim chamado projetista do jeg. há quem
afirme que o projeto já estava pronto - a volkswagen apresentou um
veículo similar, na aparência inclusive - postado neste blog - o
vw militar, em 1976, que seria vetado pelas forcas armadas como
veiculo militar mas que acabou dando origem ao jeg, que reutilizava boa
parte da mecanica e
da carroceria do vw militar. uma das diferenças fundamentais era a
colocação do estepe(que vinha sobre o capô) e foi deslocado para o
interior do carro, resultando em uma frente
diferente e mais curta.
o
jeg foi produzido entre 1978 ate 1981, com a mecanica comum dos
fora-de-estrada brasileiros da época(o nosso velho e "nunca"
ultrapassado vw 1600). ao contrario dos concorrentes, eles contavam com
tracão
4x4 integral (os rivais, usavam roda-livre). há quem diga que a
versao 4x2 não teve tanto sucesso, acontece que ela foi fabricada em
maioria, e as unidades 4x4, assim como as de capota rígidas, são mosca
branca.
após o fim da producão, o sistema de tracão foi aplicado a kombi pela
q.t. porém nunca entrou em linha de produção para tal veículo.
in
tempo: o texto deste post foi copidescado de vários artigos e notas
sobre o jeg. o legal seria dar crédito. contudo, em uma observação mais
detalhada, notei que começou a haver cruzamento de textos acrescidos de
toques pessoais, notas. curiosidades. etc, como neste adaptado ao estilo
do voudejeg, assim temos um x-tudo onde misturam-se autorias com
enxertos, copies, etc. optei então por registrar o fato mas não citar as
fontes "originais". se alguém sentir-se prejudicado, é só badalar os
badaloques do jeg. por enquanto fica valendo a máxima que é uma merda,
sobre a produção intelectual no brasil. de um só é plágio: de mais de
um, é pesquisa.
|
No comments:
Post a Comment