Thursday, January 30, 2014

um mosca branca necessariamente tem de ser branco ?


até março desvendamos o mistério. até lá tenha a certeza de que, sim é um "jeg tr" - fabricação original - coisa para poucos e ainda mais tresloucados, no bom sentido é claro. mais raro do que isso só o "jeg mc" - também fabricação original - coisa também para os meses que se seguem.

Tuesday, January 28, 2014

paso robles vintage meet 2004


como diz a velha canção (pop) portuguesa - mesmo no céu há melgas e mosquitos. bem cuidado ao extremo -vide detalhe do pisca lateral incorporando o espírito "quadradão" do jeg - damos por falta dos "u" de apoio ao para-brisas quando basculado e dos falsos quebra-ventos. este jeg ao que tudo indica é o mesmo já publicado por aqui - com os falsos quebra-ventos no lugar. não há retrovisor no lado esquerdo e o direito está graus acima pelas razões que já ventiladas sobre aumento da visibilidade. embaixo do logotipo frontal jeg, o logo da qt(qualquer terreno) que deu prosseguimento a fabricação das últimas unidades do jeg, implementando o 4x4 nos cascos.

paisagem da janela lateral vista pelo outro lado


mais visível agora o detalhe dos logotipos e espelho. nas dianteiras a roda livre para acionamento integral do 4x4 e o velho e bom guincho manual que também equipava os xavantes da gurgel.

Monday, January 27, 2014

há uma dor no meio do caminho do fotógrafo*


                              






"carro de corno mas este aqui até que não está dos piores" 







não caro leitor, o comentário não é meu. pois não pegamos banguela no populacho e se tivermos de enfrentar descidas íngremes o fazemos com o freio motor acionado. aliás, não descemos a este nível, nem quando o jeg afunda as quatro patas na lama. mas era esta a legenda, se não me falha a memória no complemento do período que acompanhava a foto deste jeg, que encontrei perdido em meio as trilhas da web. 

de quem maior a dor? de nós que amamos o jeg e não concordamos com tal epíteto? do jeg? que já basta a ignorância a seu respeito e ainda leva esta; ou do autor, descambando para os céus impropérios ao jeg, quiçá um lamento a sua própria dor - que não direi de corno para não cair também no efeito fácil de me imiscuir na cornualha de outro significado que não o do ducado.

o certo é que há uma dor no meio do caminho deste jeg por tudo isto e muito mais. então por hoje, no coments aos demais itens. por quê nem bonitinho, nem corno, este jeg já foi ferido demais. e pela língua de quem não o deveria. afinal, espera-se, se não a sensibilidade de captação do momento, de um fotógrafo, a de manter a velocidade de disparo de estultices lenta, mui lenta, se não imóvel e o obturador completamente fechado a este tipo de comentário incluso.

* foto do joão clemente- olhares.com - todos os direitos reservados. mas não de chamar o jeg de corno, pois não?

Saturday, January 25, 2014

bom eu vou verificar. e você ?

Localização do nº do Chassi nos Veículos
Dacunha
Tipo                                               Localização
Jeg TL
Longarina dianteira direita, parte anterior.



Friday, January 24, 2014

da africa do sul a califórnia num átimo. quer dizer num erro. não: em vários(mas há acertos)



e a saga continua. quando pensamos que já vimos de tudo - afinal não tem tanto jeg assim por ai - eis que surge este em anúncio pras bandas das geraes (minas) com a informação piada de que é último lote das 500 unidades produzidas(sic!) - em post anteriores você já viu pelas plaquetas que foram produzidos pelo menos uma centena a mais do que isto - informação acrescida da "preciosidade" de que foi fabricado especialmente para o exército da africa do sul. ainda que fosse, fabricado para o exército da africa do sul - outra lenda urbana sobre o jeg? - o "especialmente" coicea a verdade - e, como se não bastasse tanto spicizê (vamos buscar argumentos mirabolantes para vender o jeg, tarefa que não é fácil não senhor) de que era muito usado pelos surfistas californianos. ai crowdeou tudo.

bom, pelo que saiba o único animal que está mais do que presente na vida dos surfistas, californianos ou não, não é o jeg. sim, também não é o cachorro, tampouco o tubarão, nem as gatas(ou gatos)por mais que pareça, mas sim a vaca. vaca que pra quem não sabe é o termo que define o tombo que leva o surfista quando a onda o pega de um jeito que não tem jeito dele tirar onda. e surfista que nunca levou vaca  é porque nunca dropou nada mais que marola. 

e de resto, marola é o logotipo lateral germinado com algo que não dá para ver mas que não é original - o dianteiro está rodeado de uma "salada" de areia - o pneu traseiro(nem falo das calotas) está mais para barro do que para a dita cuja - areia da califórnia ou da áfrica do sul - e foi feita uma adaptação no para-choque aumentando e tornando curvilínea sua extensão. a capota dobrável, não se vai condenar porque tem a praticidade de montar e desmontar em questão de minutos mas nunca terá o mesmo aplomb da original. o espelho fixado mais acima, já se tornou quase oficial - neste caso modelo ainda maior - para melhorar a visibilidade que é prejudicada pelo falso quebra vento como já vimos em posts anteriores. aleta de ventilação do motor e o "u" no lugar, estribos versão civil, denotam por outro lado um jeg em bom estado,visto assim pelo ângulo da foto. afinal, não precisava de predicados duvidosos para "abrilhantar" a venda.

isto posto, retomo: vender um jeg é mais difícil do que dropar aquelas ondas gigantes do tamanho de edifícios. agora, não é inventando que se torna mais fácil. tal como o surfista experiente que sabe esperar a onda certa, vendedor e comprador também tem de esperar o momento certo que se dá entre o acaso e a necessidade. ai, é o delírio de entrar e sair no tubo. e hang loose pra moçada.

Wednesday, January 22, 2014

matando a cobra e mostrando o pau. agora mate você a pau e mostre a cobra


eis a página citada em post anterior sobre as supostas características da versão militar do jipe jeg dacunha. agora ver um jipe destes é que são elas(daí o suposto).

se você viu, documentou ou tem, você é o cara.agora não vá você ter a cara de pau - como muitos - de dizer que tem, que vai enviar, e continuar na moita por mais que isto também seja uma característica militar. mas que aqui não é lá muito bem vista. camufle mas não exagere. e cuidado com as cobras nas moitas.

Sunday, January 19, 2014

tem canguru na dinamarca? bom, no banco do jeg tem


o que dá pra rir dá pra chorar, já dizia a canção popular. se por um lado, um veículo com produção "limitada", como foi o jeg (estabelecemos 600 com um número geral, diante da imprecisão sob unidades produzidas) nos surpreende aparecendo em sites como o e-bay, e outros diversos, na europa e nos estados unidos - sempre cercado de elogios, ao contrário dos comentários em site brasileiros( o último que li era "carro de corno") - também nos faz morder a língua diante de protetores de faróis como estes(legislação é o escambau!)e fosse pouco, piscas alterados, sem necessidade.

não me parece que tenha sido algum escárnio ou provocação intentada, mas cacete!, figura de canguru no banco do jeg, nem se fosse para lembrar que o bicho "cabrita" onde há desníveis. mas como na dinamarca as estradas tem um nível que a minha geração, e a do seu filho, e do seu neto(eu sou otimista) jamais verá no brasil, não tem precisão. quer colocar figurinha, cacete,coloca logo a cara do jeg, que é muito mais simpático e muito mais símbolo de pau para toda obra.

de resto, os "u" no lugar, as jantes originais- falamos das calotas depois - e os estribos "característicos" da versão civil.

porque seguir tendências é sempre uma merda

o que fazem muitos proprietários o nosso amigo dinamarquês fez desprezando a estética "quadrada" do jeg: colocou um pisca lateral de "fluído design", inconscientemente, ou seria inconsistentemente? que segue a estética(argh!)do design atual para faróis que vitimou até os clássicos como a cherokee e que faz o "orgasmo interno " da moçada da kia, hyundai, ford e por ai vai. vai se crucificar o cara por isto? claro que não. mas também necas de elogio. uma borracha colocada - ou solta - sob a base do para-brisas chama a atenção. seria para fazer a contenção do mesmo quando basculado? parece que não, quando vemos a primeira foto desta série de posts. mas vai se saber?  

sutil e misteriosa como um vaga-lume



traseira reta, aquilo que já sabemos, jeg pra depois de 79 ou a meio. a lanterna de kombi na horizontal elimina o uso do farol de ré que é original nos modelos não retos e que fica sobre o para-choque, em paralelo com a base de sustentação do para-choque, lá embaixo do galão, quando o há. aqui vemos o que vamos chamar de "vagalume", uma sútil peça que não nos aventuramos a classificar, e que nos lembra uma luz de placa, que não vemos, e que neste caso impediria a colocação do galão neste lado mas que esteticamente não sacrifica. o step traseiro adaptado, boa adaptação, já que "teria que ser feita", com a curiosidade do desenho do pneu cidade e campo, 14 salvo engano, muito embora no exterior ainda se encontre a versão 15 e as calotas que são um xodó na europa e nos eua e colocadas em tudo que anda movido a boxer vw seja the thing, iltis ou jeg, diversos como já vimos. em close a famosa e rara aleta de respiração/ventilação do motor, que o proprietário preferiu pintar na cor da carroceria - no coments -.

como se diz puta que o pariu! agora em dinamarquês?


interior do jipe jeg dacunha, onde se destaca, para o bem, o famigerado "puta que o pariu", peça de apoio às mãos, sobre a tampa do cofre, naqueles casos em já se caiu no buraco ou na barranca e nada mais há a fazer senão segurar e gritar o ai meu deus" ou o puta que pariu" mesmo. como o nome da peça não se tornou ai meu deus, devemos considerar que o número de ateus de carona num jipe é maior do que os dos crentes?

de resto, bancos com uma cobertura chinfrim, lá e aqui, aqueles tais forros de tecido esponjoso - que passam a exalar um cheiro que é uma beleza com o suor ou outras matérias orgânicas oriundas do sistema biológico que neles sentam, ainda mais postos à prova num jipe. sutilmente, uma caixa de som,lado direito inferior sob a tampa do cofre,que contrasta com o nem deus salva, do volante recoberto. volante de jipe recoberto? ora vá a puta que o pariu! seu dinamarquês.

p.s. a estrutura de sustentação da capota/santo antônio, não me parece também muito católica. mas vamos poupar o puta que pariu para isto.

é uma placa mas não é bacteriana, ainda bem


em destaque, a "placa de reforço" que recobre o vão central vista por baixo. nem todos os jegs que vimos possuíam esta placa. mas como já vimos em jegs no brasil, e agora neste "dinamarquês", podemos concluir que é equipamento original ou como diria a piada o cúmulo da coincidência. agora para que serve, fale você que a tem ou colocou.

Wednesday, January 15, 2014

bem vindo a grã ordem dos cavaleiros muares ou o jeg bortholuzzi vem ai


do recém-adquirido, ainda em recuperação, a plaqueta por muitos cobiçada, do 86 do aldo bortholuzzi. apesar de constar a dacunha como fabricante pode significar que este jeg foi montado pela QT engenharia ou pela jeg team do modenese? isto é algo que me intriga, pois não é o primeiro caso que nos aparece, levando-se em consideração que a dacunha deixou de montar os jegs em fim de 82, segundo algumas reportagens.
alguma coisa não está batendo bem. e torcemos que não seja o motor do jeg do aldo. 

de resto, seja bem vindo. ao fim e ao cabo, paradoxalmente ou não, este é o blog dos que não batem bem mesmo.

ainda dá um caldo, como diriam os que se acham pegadores

de cara as rodas originais, cinco furos, cubos à mostra(sempre pedindo uma companhia ferruginosa). à frente, o detalhe do protetor de faróis quadrado, que combina, e muito, com o atrás, da intacta aleta de ventilação/respiração do motor, item bastante raro. a estrutura da capota não saberia dizer se original - os jegs 80 que tem aparecido são um mix de ferro e curvas que só me ferraram. e não se tem informação iconográfica da original. quem sabe algum entendido nos esclareça a todos. pra terminar, e não ser muito extenso, logotipo jeg(acima para-lama junto a fiação) ainda no lugar ou dele nem a sombra? atentem para linha do estribo. este não levou coices pelo visto.

bom de perfil, bom de traseira. até em modelos isto é raro

traseira reta dos últimos modelos do jeg. lanterna de kombi na horizontal. o farol de ré, sim é quadrado, mas um pouco menor - o novo proprietário tem tenência disto - e um protetor de cárter, ao que parece, que é sempre muito útil, inclusive para substituir, o que se vê em alguns jegs, que é a velha grade esconde-escape da brasília( os jegs usavam motor de brasilia, pelo menos nas unidades iniciais). o divertido aqui é que a saída de escape está invertida, uma adaptação?  pelo ângulo não saberia dizer, inclusive se o esconde-escape ainda está lá

tem tanto botão que até parece zíper

ao que parece há que quem pense que painel de jipe é campo de futebol de botão. painel de jipe é espartano. tem o essencial e olhe lá - aqui reside a graça dos puros e duros. aliás, você quer um jipe ou quer botão? se quer botão compra um destes suvs por ai, metidos a jipe, que tem mais botão que caroço de feijão em feijoada. a maioria dos quais você nunca vai usar. isso se chegar a descobrir pra quê. ainda bem que o novo proprietário comunga e já está providenciando a extração - que espero seja indolor - destes, destes, destas verrugas.

e lá no fundo a bolsa que cabe quase tudo inclusive a mão do ladrão

detalhe do tampo da buzina - da kombi corujinha - inteiraço. o motor do limpador de para-brisas, que era do fusca, à mostra, sem o tampo de proteção. não se vê a ignição. tem quem use a dos tratores agrale, que são plug and play mas só tem uma chave( equivale a enfiar a unha, grande, na ignição e girar) que é o mesmo que não ter. também as dos camihões mercede mais antigos, que necessitam porém de pequena correção na adaptação. agora qual era a original fica a questão que ainda não sei não. 

mais espaço do que nas salas de muito apartamento de hoje em dia


dá até para sentir aquela brisa de fim de tarde ou o vento da manhã - vamos esquecer a fumaça daquele caminhão diesel fnm subindo ladeira(como é que ainda conseguem rodar?). o interior que ainda se torna mais chic porque conservou o assoalho em quantil?(resistirá a recuperação?) não sabe o que é quantil? bom, não vou rimar.vamos fazer um post a respeito depois. mas fico curioso? será que entre os bancos ainda esta lá o selectraction? também não sabe o que é? ah! então desce! e vai lá ler os posts atrás.

quantil não é uma variante de levotril nem primo do bombril


gotcha! quer dizer bingo! (bingo é menos pernóstico) olhem lá as alavancas paralelas do selectraction - quando acionadas direita ou esquerda, travam a roda e direcionam a força para a que está solta. mas não fazem milagres. é uma espécie de diferencial blocante mecânico. o ruim da história é que não dá para fazer isto antes de atolar. de resto, a proteção do motor do para-brisas rimando em cor com a tampa do cofre e o "puta que o pariu" que parece que resistiu a todas. abaixo a visão em grande do assoalho em quantil e dos pedais de freio e embreagem ainda alinhados. 

mais raro do que estes, só os do banco de trás, se é que haviam

não recordo agora se a "meio dos 80" eram obrigatórios cintos de segurança para bancos traseiros. ainda mais de utilitário - o jeg é um utilitário para quem ainda não sabe. mas o fato é que são raros. muito raros os jegs que ainda possuem esta preciosidade. quando estiverem limpos e no lugar vão ser um it a mais nesta recuperação.

ordem unida: bancos alinhados ainda em desalinho. mas vão entrar em forma


ao que parece os jegs iniciais saiam de fábrica com os bancos do fusca. mais tarde passariam a usar os bancos da mercedinha 608 ou correlatos como estes.

não se tem registro de em que momento a troca ocorreu ou até se verdadeiramente isto é fato. mas é o que circula por ai.

o mundo visto de cabeça para baixo(ainda bem que você está vendo aqui de cima)

a antes mesmo da plaqueta a traseira reta já anunciava: sem dúvida um modelo 80 até de cabeça pra baixo. estribos longos da versão civil interligam arcos das caixas de rodas dianteiras as traseiras. a carroceria nos jegs liga-se ao chassi por 8 parafusos, sendo 2 a frente, quatro ao meio, e 2 a traseira. há quem prefira soldar as estruturas com ganhos e perdas. se é assim, fique com o original que quase sempre é melhor. a operação de desmonte é de baixa complexidade, exigindo apenas um pouco de paciência com o desembaraço de alguns itens teimosos. e, para quem pensa em fazer isto, aproveite e jateie o chassi. antes era o famoso jato de areia, danoso para quem usava equipamento de proteção, imagine sem (que infelizmente é a realidade da maior parte de quem o faz) de forma que hoje utilizam-se micro capsulas de material ferroso que, dizem, tem maior poder de limpeza, e causa menos danos - quando dizem menos danos significa que você ainda "pode se poder" e muito. uma vez jateado, há um produto chamado quimatic, por exemplo - não estamos fazendo merchandising - que funde resquícios ou mesmo ferrugem moderada na chapa paralisando o processo de corrosão. o próprio produto - existem várias marcas - funciona como fundo para aplicação de zarcão ou mesmo a cor que pretenda pintar. eu daria mais uma ou duas demãos do quimatic e só. tem-se assim um preto aveludado(semi-fosco) que dá uma sensação de que o jeg não tem nada a esconder. nem nos dentes. nem na barriga. 

Monday, January 13, 2014

o "u" dos irmãos bortholuzzi*


aldo e valdir, irmaõs, também na paixão pelo jeg, apesar do amor antigo do pelos gurgéis do waldir(são 13, salvo engano) iniciam restauração a um  "muar" comprado por agora e me perguntam sobre medidas do que passaremos a chamar de " u". que é esta peça em metal da foto, a quem se acopla a outra, em borracha, e cuja função é evitar estragos no capô do jipe jeg dacunha - e na base do para-brisas, quando os sortudos o basculam. ou seja, o deitam, para sentir as benesses do vento na cara de homens livres das capotas do dia a dia. o que é possível para quem tem um jeg ou outros jipes, com os devidos cuidados para não fazê-lo, principalmente em rodovias, já que a legislação assim o proibiu(insetos adoram para-brisas basculados);)

*tornei público o conteúdo do pedido em privado, porque pela primeira vez estamos publicando um post com este teor que pode ajudar também outros proprietários. aliás, isto deveria ser uma constante maior em nossas publicações. mas, como já frisei no penúltimo post do ano passado - e ao longo da existência do blog -  o voudejeg foi feito muito mais para isto do que para meus arroubos satíricos. agora, se ninguém pergunta, responde, ou colabora, aguentem. afinal, a audiência, que não persigo, é surpreendentemente grande, para um blog que não fala a favor ou contra o pt, não tem famosidades e suas celulites, amantes, e micos à mostra, e não discute o flamengo ou corinthians; e não tem nem bunda nem pirocas em movimento. 
o que posso fazer? devo pensar então que esta audiência pode ser a constante da espionagem do obama e seus babilaques?

"u" e a borracha de proteção de cabeça-para baixo


detalhes da furação da peça em ferro para fixação na base do para-brisas(veja penúltimo post desta série) e da fixação da borracha protetora na peça de ferro.

borracha e protetor do capô/para-brisas em detalhe


na lateral da base de ferro, em um dos lados existe esta circunferência ou orifício como queira chamar, não sei por qual a razão(escape do coeficiente de dilatação do material?).

a circunferência da borracha é maior que na sua base, provavelmente para esconder o parafuso de fixação e assim não arranhar o capô, que é a função primeira desta peça. observo que a coloração vermelha da borracha deve ter sido uma tentativa de extender a cor da carroceria, quanto a mim uma grande besteira. o preto da borracha entende-se perfeitamente com qualquer cor aplicada a lataria, mesmo que não seja original. como o vermelho não bate com o amarelo, entende-se, estou de muito bom humor hoje, que as peças são oriundas de jegs diferentes.

posição da borracha sobre o u


atentem que a borracha não está paralela a base de ferro apenas para facilitar a visualização. quando no lugar, não se vê a base de ferro. ela cobre toda a superfície como seria de se esperar. 

vamos então as medidas:

peça de metal:

altura: 4,5 cm
largura total : 8,5 cm
largura superior: 5 cm
largura da base de fixação: 1,8 cm
espessura: 3 cm
diâmetro da furação lateral: 1,2 cm
furação da fixação

borracha:

largura superior: 3,8 cm
largura base: 5 cm
diâmetro furo superior: 1 cm
diâmetro furo inferior: 0, 6 cm

o "nosso" u na cor do jeg e com as borrachinhas em preto que é pra combinar


com o para-brisas basculado(se este tem o "u" c/ a borrachinha ou não é outra história - e tira os olhos da mulher dos outros sô!


Friday, January 10, 2014

sentou praça na reserva

de vez em quando, por ma-fé ou má informação, surgem anúncios de venda de jegs "militares", que na tentativa de valorização apresentam-os, ora afirmando que foram feitos para o exército da africa do sul(haja paciência de mandela!) ou até mesmo como protótipo feito para a guerra do iraque.

se há uma maneira, ao contrário do que pensam os vendedores de tais recursos, de desvalorizar. menosprezar, ridicularizar o jeg, eles acertaram em cheio errando feio.

a revista quatro rodas, de número 602, março de 2010(dica do flávio santos) traz na secção top ten, entre diversos jipes fabricados aqui e/ou importados, o que seriam as características diferenciadoras do jipe jeg dacunha em relação a versão civil. sob o título "serviço militar", afirma que versão militar do jeg teria as seguintes características adicionais: " *identificada pelo reservatório de 20 litros, engate para carreta e gancho de reboque, estribos laterias, faróis especiais,e luz do painel que não vazava para fora do jipe.na mecânica era um aliado do gurgel, com motor vw 1600 e sistema selectracion." 

em quase uma década de voudejeg, nunca vimos um jeg militar - também não vimos o et de varginha, o que não quer dizer que não exista o que tenha sido fabricado.mas se o reservatório é um elemento diferenciador da versão militar, o que faz na versão civil apresentada logo acima, também com os mesmos estribos e protetores de farol?

na falta de documentação escrita ou icônica, resta a reprodução de um folheto, provavelmente para exportação, onde de vê a referência sob a chamada em inglês que pode ser traduzida literalmente como a afirmação de que o " jeg foi funcionalmente construído com especificações militares" no canto inferior direito.*( texto da quatro rodas não corresponde a versão do folheto).

ao que parece o jeg  foi preparado para a vida militar mas nem sentou praça: foi direto para a reserva, não remunerada, compulsória.




Monday, January 06, 2014

ficou bem na foto mas o chá de sumiço é cada vez mais o retrato na paisagem



o veículo propositadamente construído para qualquer eventualidade não preparou-se para a eventualidade tida como certa produzida em larga escala pelas "leis do mercado".

Friday, January 03, 2014

a ideia "se atolou-se"


o conceito de comunicação era forte(mas não o bastante). e a ideia, que era boa(mas não o suficiente) empacaram nos canais de distribuição e nas ações de marketing e comunicação que não foram boas o suficiente, em quantidade e qualidade, para tornar o jeg um objeto de desejo de um público até hoje ávido por pequenos atrevidos(desde o candango, niva, samurai e o hiperbólico(em preço)jimny).

é fato que o jeg nunca chegou a ter uma personalidade de marca e de produto consolidadas. tanto que, construído em chapa bi-cromatizada, a toda hora era confundido como "jipe de fibra", quando não chamado de gurgel. e, o que é muito pior, visto como veiculo feito em casa o que fragilizava ainda mais sua entrada no mercado. isto comprometeu sobre maneira a percepção de um veículo que apresentava para os padrões da época requisitos mais do que suficientes para fazê-lo não patinar. é de se observar que mesmo as revistas do segmento - é óbvio que o percentual de veiculação sempre influi nisto(pouca verba, pouca sombra) o trataram de maneira dúbia, como a quatro rodas que hora o elogiava em dois testes realizados(publicados no voudejeg), um deles frente a frente com o gurgel e o willys - ora endossavam seu epitáfio(matéria os brasileirinhos) chegando a ponto de atribuir a sua baixa velocidade máxima - 95 km (pouca para um jipe "puro e duro "? - e sua demora nas retomadas, como fatores que causaram o encerramento da sua produção.

nem mesmo o apelo da mecânica vw 1600, a suspensão(encurtada em 40 cm e calibrada para o jeg), chassi e caixa de marchas da kombi, ícones de eficiência e durabilidade, facilidade e baixo custo de manutenção, foram suficientes para engrossar a lista de pedidos.

isto posto há um limbo onde desaparecem as informações sobre uma possível greve dos cegonheiros que ocasionou o estrangulamento da distribuição;assim como o forfait das encomendas que eram tidas como favas contadas pelo exército(há quem diga que a versão civil surgiu depois do episódios),bem como endereço de revendas. 

a verdadeira história do jeg ainda precisa ser contada para além dos floreios de um blog. e há quem possa fazer isto mas não o faz. e assim o jeg foi ficando atolado na falta de pratica de uma ideia que se tornou mais um caso de veiculo nacional que foi apagado da história por forças que se podem dizer diversas mas nem sequer ocultas.

hoje, perambulam por ai, ainda despertando atenção pelo seu design, que ora desperta risos ora admiração ensimesmada, como se deixasse entrever que por trás daquele forte há uma fragilidade que espera uma força que o conduza ao reconhecimento que nunca obteve e que cada vez mais enfraquece se o jeg se perder na sua história, repetimos, ainda mal contada. 

tal como o congênere que lhe matizou o nome, sim o jeg é forte. mas essa fortaleza só se tornaria maior se tivesse ido alem do que está escrito no papel que certamente ele não pode desempenhar por este brasil a fora.

Thursday, January 02, 2014

visão do paraíso - ou do inferno, para quem não tem ou vice-versa, o que seja



eis a tão falada transmissão dianteira, do jeg 4x4, citada no post anterior


p.s vive-se bem fora do céu e do inferno. seu jeg 4x2 lhe convencerá disto, com certeza

Wednesday, January 01, 2014

recapitulando ou como diria gide: "tudo já foi dito mas como ninguém presta mesmo atenção é sempre bom dizer novamente"

JEG

(AWD Truck Manufacturers, history, logo, PADRES DEL AUTO)


Embora alguns catálogos de época deem esse modelo como argentino, o JEG era brasileiro. Lançado em 1978* era fabricado pela Dacunha. O motor era da Brasilia, traseiro, com 15 mil cm3 e dois carburadores**. da mesma forma que o Gurgel contava com uma especie de blocante manual, na verdade era possível travar cada uma das rodas independente da outra.*** O carro era feito em chapas de aço com carroceria monobloco, ao contrario de seu principal concorrente. A carroceria e toda em chapa dobrada, e pode ser fabricado com uma guilhotina e uma dobradeira. Mesmo assim encontrou dificuldades e deixou de ser produzido ainda na década de 80.

Desde a frente, com seu para-choque encimado, no centro, por um guincho manual e protetores de faróis, de forma vertical e filetes verticais, o JEG oferece uma impressão de robustez, que constituía o maior apelo da fabrica para sua comercialização. Quanto ao motor, o Volkswagen 1600 refrigerado a ar, de manutenção simples e de mecânica amplamente conhecida, constitui uma garantia de tranquilidade por muitos quilômetros, alem de permitir a resposta pronta a todas as solicitações, com potencia suficiente.

A tração dianteira do JEG é um projeto exclusivo da Dacunha. Ao lado da alavanca de cambio encontrava-se a alavanca de engate das rodas dianteiras. O JEG tinha tração 4x2 traseira. Tentou-se fazer uma tração 4x4 mas ficou apenas na fase de protótipo.*** A transmissão e realizada por embreagem mono-disco a seco, de acionamento mecânico, cambio de quatro marchas sincronizadas para a frente e para a ré, com alavanca de mudanças no assoalho. A suspensão e dianteira, independente com duas barras de torção em feixes, barra estabilizadora e amortecedores hidráulicos telescópicos.

Cel.Catarino engenheiro do IME no Rio de Janeiro, foi trabalhar na Dacunha (S.Bernardo do Campo - Atras da Volks) na epoca em que a empresa fabricava o JEG. Posteriormente montou uma empresa denominada "QT-Engenharia", em Barueri, na margem da Castelo Branco, e projetaram uma caixa de transmissão que a ZF (Sao Caetano) autorizou a fabricacão. Detalhe: no fundido da caixa vinha a marca QT/ZF juntas - um orgulho para a tecnologia nacional da época. Essa transmissão era aplicada nos caminhões (Ford / GM / Chrysler ) 6x6 que acompanhavam o inicio dos investimentos em alcóol no Brasil.

Em 1976, a Volkswagen do Brasil, desenvolveu um modelo para oferecer ao Exercito Brasileiro como veiculo de reconhecimento, mas não foi aceito, e o projeto foi logo abandonado. Deu origem ao JEG, fora de série fabricado pela DaCunha. O desenho, lembra bastante o VW Typ 181, foi reaproveitado no JEG, embora mais simplificado.
 


*nota do voudejeg: o lançamento do jeg aconteceu no salão do automóvel de 1976(veja anúncio de lançamento em posts anteriores). em 77 modelos foram comercializados. como venho dizendo e batendo na mesma tecla, tudo sobre o jeg é muito controverso. é por isso que sempre que adiciono uma informação uso o bordão "como reza a lenda" porque muitas delas não é possível confirmar. então para evitar o risco de adotar o "senso comum" - que já causou muitas tragédias - é sempre bom conferir, mesmo aquilo que é dado como certo e corrente na web.



** não há confirmação se todos os jegs sairam com esta motorização, e quantos a gasolina ou alcool.


*** nota do voude jeg. este recurso, o selectration, patenteado pela gurgel, foi licenciado para a dacunha que equipou o jeg com este recurso mas com visual e alavancas do sistema diferentes. 

****nota do voudejeg: há divergências em relação a esta informação. na califórnia, como publicamos aqui, há um jeg 4x4 de linha - não é protótipo - e, ao que parece o próprio catharino tem também uma unidade 4x4, porém em um jeg com design já modificado.