Sunday, February 26, 2006

o rei do corso, até quando não fantasiado de corsário

este honorável senhor, hoje já com freio a discos dianteiros, era a vedete até os anos 70 nos carnavais, principalmente do recife, onde o corso fazia a festa roncar ainda mais. jeeps de todas as idades, condições e estados, faziam strip-strease das capotas para que neles desfilassem as meninas com uns shorts enormes, suficientes para deixar muita gente excitada demais da conta.

o corso foi uma manifestação, que ocorria até meados dos anos 70, surgida nos anos 30 ou 40, quando a população desfilava em carros com buzinaços pelas ruas da cidade, antevendo a folia carnavalesca. alguns carros eram enfeitados, outros, de modelo aberto, traziam os foliões com fantasias. também fazia parte da festa, água de cheiro, serpentinas e a batalha de confetes. logo após a passagem dos veículos, a população seguia à pé, cantando e dançando pelas ruas. passistas e foliões fantasiados misturavam-se em meio ao povo.

depois a violência, física principalmente, em relação aos participantes do corso, na forma inclusive de assédio sexual e as regras politicamente corretas - os jeeps costumavam trafegar com excesso de lotação - foram acabando com o corso, que hoje tenta ser reeditado, tanto no recife, como em corumbá, por exemplo, em associação com os jeeps clubes e associações de carros antigos.

ainda assim, muitos jeeps, são vistos solitários a fazer seu corso. e, pessoalmente, na abdias de carvalho, numa mecânica especializada em nivas, achei um jeg, bastante depauperado, cujo dono, o mesmo da oficina, afirmou que ele só saia no carnaval, " para o corso ".

p.s. o 51 acima, está à venda, contatos pelo cri@buttonclick.com.br

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